Forças sírias mataram ao menos sete manifestantes no sul do país nesta terça-feira, enquanto multidões exigindo a renúncia do presidente Bashar al-Assad deixavam mesquitas após o fim das orações que encerram o mês de jejum muçulmano, o Ramadã, disseram moradores e ativistas.

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As vítimas, entre eles um menino de 13 anos, foram mortos quando forças atiraram contra manifestantes que deixavam as mesquitas nas cidades de al-Hara e Inkhil na província de Deraa, no sul do país.

Manifestações irromperam em outras regiões do país, especialmente nos subúrbios de Damasco, na cidade de Homs, 165 quilômetros ao norte, e na província de Idlib, no noroeste, apesar de diversas cidades terem sido sitiadas por tanques e tropas durante meses, disseram ativistas e moradores.

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"O povo quer a queda do presidente", gritavam manifestantes no subúrbio de Harasta, em Damasco, onde ativistas disseram que dezenas de soldados desertaram no final de semana depois de se recusar a atirar contra manifestantes.

A insurgência nas ruas já dura cinco meses contra o governo autocrático de Assad, que pertence à minoria Alawite da Síria. Ele enfrenta manifestações mais frequentes, inspiradas pela derrubada de Muamar Kadafi na Líbia, com quem Assad tinha relações próximas, e uma crescente pressão internacional contra a hierarquia governante.

Moradores e ativistas também registraram um número crescente de deserções entre as tropas sírias, cujos soldados são principalmente sunitas (população majoritária no país), mas são comandados por oficiais da minoria Alawite sob a liderança do irmão mais novo de Assad, Maher.

Autoridades sírias negaram que as deserções do Exército estavam ocorrendo. Eles expulsaram a mídia independente desde o começo da insurgência em março.

Governos da União Europeia podem impor sanções contra os bancos sírios e empresas de energia e telecomunicações dentro de uma semana, além de um embargo contra importações de petróleo do país, disseram diplomatas da UE na segunda-feira.

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