As Coreias concordaram ainda em realizar conversações para a reabertura conjunta de um complexo industrial, além de outras questões, após meses de deterioração das relações entre os dois países e um dia antes de uma reunião de cúpula entre os presidentes dos Estados Unidos e da China, na qual a questão norte-coreana deve ser um dos assuntos mais importantes.

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As conversações podem ajudar na retomada da cooperação entre as Coreias, prejudicadas nos últimos anos por causa de medidas radicais adotas pelos dois países, embora a questão que isola a Coreia do Norte da comunidade internacional - seu programa nuclear - não deva ser debatida.

Em comunicado divulgado por meios de comunicação estatais, o norte-coreano Comitê para uma Reunificação Pacífica da Coreia diz que está aberto para a realização de negociações em Seul sobre a reabertura do complexo industrial de Kaesong, que fica ao norte da zona desmilitarizada que separa os dois países. O complexo foi fechado no início de abril.

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O comitê também propôs a retomada das reuniões de familiares separados pela guerra e a continuidade das viagens de sul-coreanos para um resort nas montanhas da Coreia do Norte.

Pyongyang ofereceu ao Sul a possibilidade de estabelecer quando e onde realizar a reunião. Horas mais tarde, o ministro de Unificação sul-coreano, Ryoo Kihl-jae, propôs que um encontro para discutir os três assuntos seja realizado em Seul, no dia 12 de junho.

A presidente sul-coreana Park Geun-hye saudou a medida, que já havia sido proposta por Seul em abril. "Eu acho que é de bom augúrio o fato de a Coreia do Norte ter aceitado a proposta para conversações em nível de governo, embora (a aceitação) tenha acontecido de forma tardia", declarou ela, segundo o gabinete presidencial.

O acordo pode representar uma mudança na abordagem norte-coreana ou ser apenas um esforço para aliviar as exigências internacionais em relação ao país para que encerre o desenvolvimento de armas nucleares. Pyongyang tem tomado uma série de atitudes provocativas desde abril de 2012, quando interrompeu um acordo de ajuda humanitária, em troca de paralisação de seu programa nuclear, com os Estados Unidos ao lançar um foguete, medida que foi vista como um teste de um míssil de longo alcance.

A decisão de Pyongyang foi anunciada depois de Choe Ryong Hae, oficial militar norte-coreano e figura próxima do líder Kim Jong Un, ter se reunido com o presidente chinês Xi Jinping em Pequim no final de maio. Na época do encontro, ele declarou que Pyongyang estava "disposto a aceitar a sugestão do lado chinês e lançar um diálogo com todos os lados relevantes envolvidos". Fonte: Associated Press.

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