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Jersualém (AFP) – Depois de pedir ao presidente de Israel, Moshe Katsav, a dissolução do Parlamento (Knesset), o primeiro-ministro Ariel Sharon anunciou ontem sua ruptura com o partido Likud, sigla conservadora que ajudou a fundar em 1973. Sharon também lançou um novo partido, batizado provisoriamente como Responsabilidade Nacional. O Parlamento israelense decidiu sobre sua dissolução ontem para realizar eleições legislativas antecipadas no dia 28 de março. O ministro das Finanças, Ehud Olmert, sustentou que Israel precisa "se separar dos palestinos" e, para isto, é necessário fazer as "concessões dolorosas", já mencionadas por Sharon.

Em Jerusalém Sharon assegurou que seu novo partido lutará "pela paz" com os palestinos. "Nossa abordagem garantirá um governo estável, a prosperidade econômica, a paz e a tranqüilidade", afirmou Sharon. "Tenho a intenção de aplicar o Mapa da Paz integralmente e não pretendo implementar outro programa" de retirada, acrescentou o primeiro-ministro ao apresentar a plataforma de seu novo partido.

Sharon fez alusão ao plano de retirada da Faixa de Gaza recém-realizado por seu governo, para revolta dos ultranacionalistas instalados no Likud, o partido com maior representatividade no Knesset. "Este foi um plano único com o objetivo de permitir o prosseguimento do processo político no quadro do Mapa da Paz, se todas as partes respeitassem seus compromissos. Não há outro plano", insistiu.

Sharon afirmou que seria inútil permanecer no Likud uma vez que o partido "não é capaz, em seu formato atual, de atingir objetivos de interesse nacional".

Rearranjo

A iniciativa sem precedentes de Sharon provocará um rearranjo do mapa político israelense, tradicionalmente fundado sobre o bipartidarismo e que, a partir de agora, será composto por três blocos: o partido de Sharon (centro-direita), o Likud (direita nacionalista) e os trabalhistas (centro-esquerda).

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