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O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, será submetido na noite deste domingo a uma traqueostomia para troca do tubo que o ajuda a respirar, desde o dia 4 de janeiro, quando sofreu um derrame cerebral. Segundo os médicos, se mantido por mais tempo, equipamento atual que liga o premier à maquina de respiração poderá causar danos. Sharon permanece internado em estado grave, porém estável, no Hospital Hadas, em Jerusalém.

Segundo os médicos, a intervenção será feita com anestesia geral. A imprensa israelense tem divulgado a preocupação dos médicos de que Sharon possa estar em coma definitivo, visto que não conseguiram despertá-lo do coma a que foi induzido.

Testes realizados neste sábado mostraram atividade nos dois lados do cérebro de Ariel Sharon, mas não relataram nada que indicasse que o primeiro-ministro israelense estivesse emergindo do coma induzido, dez dias depois de ter sofrido um grave derrame.

O hospital Hadassah anunciou que os testes mostraram "atividades nos dois hemisférios cerebrais em acordo com o estado de consciência do primeiro-ministro".

Anteriormente, nesta semana, Sharon respondeu a estímulos de dor nos dois lados do seu corpo, mas aparentemente não fez progressos notáveis desde então.

Os médicos vêm tentando acordar Sharon, de 77 anos, do coma induzido a fim de prevenir que o seu cérebro inchasse depois da cirurgia para determinar o tamanho do dano cerebral causado pelo derrame.

De acordo com o comunicado divulgado pelo hospital, o pulso, a respiração, a pressão e a temperatura do corpo de Sharon permanecem "bons e estáveis".

Exames de ultra-som não identificaram nenhuma expansão do cérebro de Sharon.

A saúde do premier ofuscou o processo de paz no Oriente Médio e as eleições israelenses, marcadas para 25 de março. Sharon não deve retornar à vida política, e o seu vice e premier interino, Ehud Olmert, deve liderar o recém-formado partido Kadima no pleito e permanecerá no poder, como interino, até 28 de março.

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