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O testemunho de Romano e Mavis Mirola, diretores do Conselho Católico Aus­­traliano Família e Ma­­trimônio, na assembleia do Sínodo Sobre a Família, no Vaticano, apresentou ontem exemplos de dificuldades que a Igreja deve enfrentar nos dias de hoje: a existência de mães solteiras, a acolhida de um filho gay e a educação de crianças portadoras de deficiências.

Os australianos disseram que a família, apresentada como reflexo do amor divino, é cheia de pequenos dramas, como o de uma mãe solteira que educa os filhos e frequenta a paróquia, apesar de ser alvo de rejeições; o de um casal que aceita um filho homossexual ("ele é e continua sendo nosso filho"), e o de uma viúva que cuida do filho de 44 anos com síndrome de Down e esquizofenia, preocupada com o futuro dele, depois que ela morrer.

Os padres, observou o casal, têm grande papel a cumprir na assistência que devem dar aos leigos na pastoral familiar, mas têm de receber formação mais adequada.

A questão dos católicos divorciados e recasados ocupou parte das discussões, conforme relato do Serviço de Informação do Vaticano. Vários participantes mostraram preocupação com a necessidade de se dar melhor acolhimento a esses casais e com a aspiração deles de terem acesso ao sacramento da Eucaristia.

Remédio

Argumentando que a Igreja deve transmitir a verdade e não fazer um julgamento dos divorciados e recasados, os participantes do Sínodo disseram que "o remédio da misericórdia traz acolhida, assistência e apoio". Membros da Cúria propõem a simplificação dos processos de declaração de nulidade do casamento como solução para a situação dos recasados. Com mais agilidade para os tribunais eclesiásticos, diminuiria o número de casais em situação considerada irregular.

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