Um pedido da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) à Síria, para que o órgão tenha acesso imediato a um local onde suspeita-se que haja uma instalação nuclear, foi ignorado pelo governo do país, segundo afirmaram diplomatas.
Após mais de dois anos de impasse sobre a questão, a Síria pode ser alvo de intensa discussão durante a reunião do conselho de governadores da AIEA, marcada para o mês que vem. O conselho é formado por 35 integrantes.
Vários países podem até mesmo pressionar pela adoção de uma resolução contra Damasco ou talvez apresentar a ideia de uma "inspeção especial", uma medida raramente usada que permite que inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) peçam um acesso maior aos locais, afirmaram os diplomatas, em condição de anonimato. Se a Síria rejeitar esse pedido, pode ser citada no Conselho de Segurança da ONU.
A AIEA investiga desde 2008 as suspeitas de que a Síria estaria construindo um reator atômico não declarado numa distante área de deserto, chamada Dair Alzour. O local foi bombardeado por aviões israelenses em setembro de 2007.
A Síria concedeu aos inspetores da ONU um único acesso ao local em junho de 2008, mas nenhuma outra visita posterior foi permitida, nem a Dair Alzour nem a outros locais relacionados. Com base nessa visita, a AIEA já afirmou que o prédio tinha algumas das características de uma instalação nuclear.
O diretor da AIEA, Yukiya Amano, enviou uma carta ao Ministério de Relações Exteriores da Síria em 18 de novembro pedindo que o governo desse à agência acesso imediato a "informações e locações relevantes" ligadas à suposta instalação nuclear, um sinal, segundo os diplomatas, da crescente impaciência do órgão. As informações são da Dow Jones.
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