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Um grupo de médicos teria recebido a ordem de drogar seus pacientes para impedi-los de dar seu depoimento durante a visita dos observadores da Liga Árabe a hospitais da Síria, informaram nesta sexta-feira (23) membros de uma comissão de investigações da ONU.

"Novos depoimentos indicam que alguns médicos receberam a instrução de fazer com que seus pacientes ficassem inconscientes durante a visita (de observadores) da Liga Árabe" nos hospitais de Alep (norte da Síria), informou à imprensa Yakin Erturk, membro da comissão de investigação do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Esses observadores, cuja missão foi suspensa em janeiro, estavam acompanhados em sua visita por representantes do governo sírio.

"Certos médicos foram, eles mesmos, alvo de maus-tratos e de tortura porque se recusavam a obedecer, e alguns deles obedeceram", explicou Erturk.

No entanto, trata-se de "informação preliminar" que a comissão deverá examinar mais de perto, informou.

Estas acusações estão entre os cerca de 70 novos depoimentos recolhidos pela comissão entre refugiados, depois da publicação de seu relatório no mês passado. Damasco não autorizou a comissão a investigar em território sírio.

As forças do regime de Bashar al Assad bombardearam na sexta-feira cidades rebeldes da Síria, onde milhares de opositores protestaram novamente horas antes de uma viagem do emissário internacional Kofi Annan a Rússia e China para tentar colocar fim à violência.

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