Subiu para 101 o número de pessoas mortas nos ataques desta terça-feira (21) no centro da Síria, um dia após o Exército enviar reforços antes de um possível assalto por terra na área, disseram oposicionistas. Não estava ainda claro se os intensos disparos no bairro de Baba Amr, em Homs, eram o início de uma grande ofensiva para derrotar os rebeldes nessa zona. Homs enfrenta 18 dias seguidos de cerco.

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Ativistas dizem que foram feitos disparos em Baba Amr, Khaldiyeh e Karm el-Zeytoun, que duraram mais de duas horas. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos informou que pelo menos 101 pessoas, entre elas duas criança, foram mortas em Baba Amr. As linhas telefônicas na cidade foram cortadas.

As forças de segurança também abriram fogo em Damasco, na tentativa de interromper a disseminação dos protestos na capital, disseram ativistas. A capital do país é uma base do regime do presidente Bashar al-Assad.

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Durante a noite, manifestantes fecharam ruas que levam à Praça Baramkeh, no centro da capital, segundo Mohammed Shami, porta-voz dos ativistas na província de Damasco. Segundo ele, havia uma "campanha de desobediência civil em Damasco em apoio a Homs e às cidades atingidas da Síria".

Na segunda-feira (20), Assad acusou grupos estrangeiros de financiarem e armarem rebeldes para desestabilizar o país. Em janeiro, a ONU contabilizava 5.400 mortes pela repressão na Síria apenas em 2011. Os protestos contra o regime começaram em março passado e têm sido duramente reprimidos.

Também nesta segunda-feira, a Cruz Vermelha disse que estava tentando um cessar fogo entre os dois partidos na Síria para permitir a entrada de ajuda humanitária.

Nesta terça-feira, a Rússia e as Nações Unidas devem mandar um enviado especial ao país para ajudar a coordenar a assistência humanitária em segurança. O ministro do Exterior da Rússia propôs em sua conta no twitter que a ONU envie ajuda ao país. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.