Bairro destruído por incêndio em Kinglake| Foto: Reuters

A descoberta de mais corpos nesta segunda-feira (9) elevou para 131 o número de pessoas mortas durante os piores incêndios florestais na história da Austrália. Suspeitas de que as chamas foram deliberadamente provocadas levaram a polícia a estabelecer cenas de crime nas cidades atingidas pelo fogo. Autoridades locais acreditam que pelo menos parte dos mais de 400 focos de incêndio que devastam a região sul do Estado de Victoria desde o fim de semana tenha origem criminosa.

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O primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, visivelmente abalado durante entrevista televisionada, era um reflexo da perplexidade com essa possibilidade. "O que dizer de qualquer pessoa que tenha feito algo assim?", questionou. "Não me ocorre nenhuma outra expressão além de homicida em massa."

A polícia isolou pelo menos duas cidades - Marysville e Kinglake - onde ocorreram dezenas de mortes. As forças de segurança estabeleceram postos de controle e restringiram o acesso às localidades.

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Christine Nixon, comissária de polícia do Estado de Victoria, disse que investigadores já visitaram Churchill, a leste de Melbourne, e analisarão evidências em muitas outras áreas. "Kingslake é onde ocorreu a maioria das mortes, e onde quer que uma morte tenha ocorrida, nós a investigaremos como crime", disse ela. O ato de provocar um incêndio florestal é passível de pena de 25 anos de reclusão em Victoria. No entanto, a sentença por assassinato pode chegar à prisão perpétua, observou o procurador federal Robert McClelland. Pelo menos 750 casas foram destruídas pelos incêndios e autoridades australianas dizem que o número de mortes quase certamente aumentará.

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