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Casa destruída na cidade russa de Krymsk | Eduard Korniyenko/Reuters
Casa destruída na cidade russa de Krymsk| Foto: Eduard Korniyenko/Reuters

Os serviços de resgate localizaram até agora 150 corpos no sul da Rússia, no litoral do Mar Negro, em decorrência de inundações sem precedentes causadas por fortes chuvas que arrasaram milhares de casas na região de Krasnodar neste sábado, informaram as autoridades do país.

Milhares de casas foram destruídas e a maioria das mortes foi registrada em Krymsk, onde as equipes de socorro resgataram 139 corpos, informou à Agência Efe o Ministério de Situações de Emergências de Krasnodar.

A tragédia afeta três municípios da comarca de Kuban. Nos hospitais da região, foram atendidas pelo menos 360 pessoas, das quais 97 foram internadas.

Outras 11 pessoas morreram em Novorossiysk, cidade portuária no Mar Negro. Duas pessoas se afogaram, enquanto as outras nove vítimas morreram no distrito balneário de Gelendzhik - cinco delas foram eletrocutadas devido à queda de um cabo de energia sobre a rua por onde transitavam quando chovia.

O Comitê de Instrução (CI) russo anunciou à imprensa que abriu neste domingo uma investigação penal sobre "morte causada a duas ou mais pessoas por distração".

"Oitenta investigadores inspecionam o local da catástrofe para estabelecer os danos ocasionados a 4,5 mil prédios no município de Krymsk", informou um porta-voz do CI.

O presidente russo, Vladimir Putin, que chegou neste sábado à região do acidente, orientou as autoridades municipais e regionais a cooperarem com os investigadores para esclarecer as circunstâncias que causaram a morte de tantas pessoas.

O líder russo se perguntou se as autoridades competentes fizeram tudo que era possível para alertar a população sobre os riscos que a área corria.

"A investigação penal estudará do ponto de vista jurídico as atuações dos órgãos aos quais compete a prevenção de emergências e sua preparação para eliminar os danos de uma catástrofe meteorológica", assinala o site oficial do CI.

Milhares de pessoas perderam tudo em algumas horas e o balneário de Gelendzhik sofreu as maiores enchentes de sua história. O Ministério de Emergências indicou que "mais de 5,2 mil casas de Krymsk e Gelendzhik habitadas por 26.475 pessoas, entre elas 6.330 crianças", ficaram embaixo da água.

Algumas famílias foram realojadas em acampamentos instalados pelo governo regional de Krasnodar, enquanto mais de 2,8 mil pessoas foram evacuadas da região. Segundo um comunicado do Ministério emitido neste domingo, "mais de 12,7 mil pessoas sofreram as consequências" da tragédia.

O governador de Krasnodar declarou dia de luto regional para esta segunda-feira, 9 de julho, e lembrou que nem a tragédia de 2002, na qual morreram 62 pessoas, pode ser comparada à catástrofe natural que atingiu Kuban.

Há dez anos, em junho de 2002, inundações históricas tiraram dezenas de vidas na cidade de Krymsk, o que foi recordado neste domingo por partidos da oposição para pedir responsabilidades às autoridades da região.

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