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Rebelde sírio flagrado ao lado de um veículo militar destruído em Homs, na região central do país, onde mais de 200 pessoas teriam morrido em confrontos com as forças do presidente Bashar al-Assad | LCC/AFP/Divulgação
Rebelde sírio flagrado ao lado de um veículo militar destruído em Homs, na região central do país, onde mais de 200 pessoas teriam morrido em confrontos com as forças do presidente Bashar al-Assad| Foto: LCC/AFP/Divulgação

Ao menos 217 opositores morreram na noite desta sexta (3) para sábado em Homs (centro) por tiros de morteiro, e outros 20 no restante do país, quando protestavam contra o regime, afirmou o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH, com sede no Reino Unido).

Cerca de 138 pessoas, entre elas mulheres e crianças, morreram no bairro de Al-Khalidiya e 79 em outros distritos, segundo um comunicado da OSDH, que pede que o "povo sírio de todas as regiões saia às ruas das cidades e povoados e se levantem contra o regime que neste momento comete um verdadeiro massacre em Homs".

Imagens dos canais de televisão Al-Jazeera e Al-Arabiya mostraram dezenas de corpos nas ruas de Homs, na noite desta sexta-feira.

A Al-Jazeera citou, por sua vez, "fortes confrontos" na cidade de Homs, entre o exército e grupos de desertores.

O diretor do OSDH, Rami Abderrahman, declarou à AFP que não tinha informações sobre isso. No entanto, disse, o exército sírio também disparou nas regiões de Al-Zabadani e Al-Ghouta.

"É um verdadeiro massacre", disse Abderrahman, que pediu "intervenção imediata" da Liga Árabe.

Nesta sexta-feira, milhares de sírios protestaram em todo o país, particularmente em Damasco, para lembrar o 30º aniversário do massacre de Hama (centro), onde as forças do regime de Bashar al Assad dispararam, como em outros lugares, para dispersar os manifestantes.

Conselho

Os 15 países-membros do Conselho de Segurança da ONU se reunirão neste sábado às 09h00 locais em Nova York para votar um projeto de resolução que condena a repressão na Síria, informou um diplomata nesta sexta-feira.

"O mesmo texto será votado", disse o diplomata, em alusão ao que foi enviado às capitais na quinta-feira para consideração e que faz concessões à Rússia com a esperança de conseguir sua aprovação.

O projeto defende o apoio do Conselho de Segurança às decisões da Liga Árabe e não pede explicitamente que o governante Bashar al Assad deixe o poder, nem menciona um embargo de armas nem sequer sanções.

Depois de 10 meses de violência na Síria nos quais, segundo as Nações Unidas, mais de 5.400 pessoas morreram, a comunidade internacional não consegue se unir para colocar fim à repressão.

A Rússia, assim como a Índia, insistiram desde o começo das negociações que o Conselho não devia condicionar nenhum dos pontos de uma transição democrática na Síria exigindo a priori que Assad cedesse o poder.

Até agora, a Rússia mostrou-se inflexível, e seu representante na ONU, Vitaly Churkin, inclusive ameaçou um veto russo caso o Conselho votasse um texto que considera "errôneo".

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