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O premiê francês, Dominique de Villepin, disse neste domingo que o Partido Socialista, de oposição, determinou cedo demais o seu candidato a presidente em 2007.

Falando após a vitória da candidata Ségolene Royal nas primárias socialistas, na quinta-feira, ele rejeitou sugestões de que a União por um Movimento Popular (UMP, partido governista) acelere o processo de escolha de seu candidato. As primárias estão previstas para o início do próximo ano.

``A pressa do Partido Socialista foi um erro. Escolher um candidato tão cedo é um erro'', afirmou Villepin à TV France 5. ''O risco é que, uma vez que você tenha os dois candidatos definidos... isso dará aos eleitores franceses a sensação de que tudo já foi costurado de antemão'', acrescentou, dizendo que o quadro poderia favorecer partidos extremistas.

O ex-premiê e membro da UMP Edouard Balladur havia dito antes à TV Canal+ que os pré-candidatos presidenciais de seu partido deveriam declarar rapidamente o interesse na disputa. Afirmara ainda que todos sabem que o líder do partido, Nicolas Sarkozy, vai concorrer.

Mas Villepin, que estaria disposto a entrar na disputa, caso a campanha de Sarkozy tenha problemas, disse que a UMP aproveitaria o tempo para debater questões e se negou a dizer se pretende se candidatar.

Ele se negou a descartar a possibilidade de o líder de extrema-direita da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, conquistar novamente um lugar no segundo turno, como aconteceu em 2002. Observou, porém, que a resposta para tal ameaça não deve ser uma guinada à direita.

``Eu nunca acreditei numa estratégia que envolvesse pescar nas águas da Frente Nacional'', declarou o premiê.

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