O soldado do Exército brasileiro Diego Mendes dos Santos morreu na última sexta-feira (30) no Haiti, onde integrava a Minustah, a força de estabilização naquele país. Diego faleceu após sofrer uma queda de um jipe e bater a cabeça. Ele era segurança do veículo, tinha 22 anos e proveniente de São Paulo. O soldado integrou o grupo militar brasileiro que seguiu para o Haiti em setembro e que retorna ao Brasil em abril.

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Diego estava em Porto Príncipe, capital do Haiti, quando caiu do veículo. Ele foi socorrido no hospital militar da Organização das Nações Unidas (ONU), mas não resistiu aos ferimentos e morreu de traumatismo cranioencefálico. No momento do acidente, o soldado fazia a segurança da viatura, que deixava a base do segundo Batalhão Brasileiro no Haiti (Brabatt 2), do qual fazia parte.

No Brasil, ele integrava a tropa do 8º Batalhão de Polícia do Exército (BPE), localizado na cidade de São Paulo. Segundo nota divulgada nesta segunda-feira (2) pelo Ministério da Defesa, o corpo do militar ainda se encontra em Porto Príncipe e só retornará ao Brasil após ser embalsamado em Santo Domingo, na República Dominicana. O ministério informou ainda que existe a possibilidade de que o corpo seja submetido a necropsia na capital dominicana, o que retardaria em cerca de um mês seu traslado ao Brasil.

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O batalhão brasileiro no Haiti informou que foi aberto um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias do acidente. Esse processo de investigação pode durar até 40 dias. A ONU deve adotar procedimento similar.

Ao todo, as tropas da ONU no Haiti reúnem 12 mil soldados, dos quais 2.200 são brasileiros. Desde o início da missão, em 2004, 65 militares do Brasil e de outros países morreram. Apenas no terremoto que atingiu o país em janeiro de 2010, morreram 18 militares brasileiros.

Ao todo, contribuíram com tropas para a Minustah Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Equador, Estados Unidos, Filipinas, França, Guatemala, Indonésia, Japão, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Sri Lanka e Uruguai.

Os efetivos brasileiros se dividem entre os batalhões Brabatt 1 e 2, uma companhia de engenharia (Braengcoy), um grupamento de fuzileiros navais e um pelotão da Aeronáutica. Cabe ao Brabatt 2 a tarefa de realizar o patrulhamento diário de áreas previamente determinadas em Porto Príncipe. O batalhão foi enviado ao Haiti em fevereiro de 2010, em atendimento ao pedido de aumento de efetivo após o terremoto que devastou o país em janeiro do mesmo ano.

Recentemente, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a redução de efetivos das tropas de paz no Haiti e anunciou que, a partir deste ano, cerca 3.300 soldados serão retirados do país.

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