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Simultaneamente, Israel começou a libertar presos palestinos | REUTERS
Simultaneamente, Israel começou a libertar presos palestinos| Foto: REUTERS

Mahmoud Abbas

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disse nesta terça-feira (18) aos presos libertados por Israel em Ramala que seu "sacrifício e duro trabalho não foram em vão" e afirmou que Israel se comprometeu a libertar mais presos palestinos além dos estipulados com o Hamas.

"Hoje é um grande dia para a Palestina e para a união nacional", afirmou Abbas em discurso para 3 mil pessoas em Muqata, na sede da ANP em Ramala, para receber aos 95 presos libertados na Cisjordânia.

O soldado israelense Gilad Shalit foi libertado em meio a uma explosão de alegria nacional na terça-feira (18), depois de cinco anos de cativeiro, trocado por centenas de presos palestinos em um acordo com o Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

Simultaneamente, Israel começou a libertar 477 presos palestinos. Outro grupo de 550 prisioneiros palestinos deve ser libertado ainda este ano.

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"Se palestinos libertados voltarem à violência, serão novamente punidos", diz Netanyahu

Shalit, de 25 anos, foi levado através da fronteira entre a Faixa de Gaza e a península do Sinai, do Egito, e entregue num posto de fronteira israelense, de onde foi conduzido a um helicóptero que o esperava para transportá-lo a uma base aérea israelense, onde se encontrou com seus pais.

"Senti falta de minha família", disse Shalit, que estava magro e respirando às vezes com dificuldade, em entrevista a uma TV egípcia antes de ser entregue a Israel. A declaração à emissora foi divulgada depois de sua transferência para Israel.

"Espero que este acordo vá promover a paz entre Israel e os palestinos", disse ele.

Parecia improvável que o acordo entre dois grandes inimigos tivesse um impacto imediato sobre os esforços de reviver as negociações de paz entre israelenses e palestinos. Mas o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse esperar que o acordo tenha um impacto positivo sobre o processo paralisado.

O ambiente em Israel era de júbilo, com cartazes de "bem-vindo ao lar" nas ruas e passageiros do transporte público assistindo ao vivo transmissões da troca em telefones celulares.

Shalit era visto como "o filho de todos" e pesquisas de opinião mostraram que a maioria dos israelenses apoiava o acordo mil-por-um, embora muitos dos presos libertados tivessem sido condenados por ataques que resultaram em mortes.

Para os palestinos é um momento para celebrar o que o Hamas descreveu como uma vitória, e uma recepção de heróis espera os presos libertados.

"Essa é a maior alegria para o povo palestino", disse Azzia al-Qawasmeh, que esperava em um posto de controle na Cisjordânia por seu filho Amer, que estava na prisão havia 24 anos.

O acordo de troca de prisioneiros recebeu a luz verde da Corte Suprema israelense na noite de segunda-feira, depois de ter o tribunal rejeitado petições do público contra a libertação maciça de presos, muitos servindo penas de prisão perpétua por ataques fatais.

Nova punição

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou que se os prisioneiros palestinos libertados em troca do soldado israelense Gilad Shalit voltarem a cometer atos de violência, eles serão novamente punidos.

"Nós continuaremos a combater terror e todo extremista que for libertado e voltar à violência terá que ser novamente responsabilizado por seus atos", avisou o premier.

Netanyahu deu a declaração após saudar o soldado israelense Gilad Shalit, libertado na troca de prisioneiros com o Hamas. Dos cerca de mil detentos palestinos libertados no acordo, aproximadamente 300 cumpriam sentenças de prisão perpétua por ataques mortais contra israelenses.

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