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Soldados americanos e membros da coligação militar no Iraque resgataram de uma prisão da Al-Qaeda neste domingo 41 iraquianos.

As vítimas, todas civis, tinham sido seqüestradas e transferidas para uma prisão da Al-Qaeda, mas agora "estão recebendo o cuidado médico que necessitam e estão se recuperando", disse, através de um e-mail, o Comando Central.

- É outra prova de que a Al-Qaeda está torturando e assassinando iraquianos inocentes, tal como informamos na semana passada, no caso de 17 vítimas seqüestradas na províncoa de Al-Anbar- acrescentou.

Entre essas vítimas está uma jovem de 13 anos que apresentava sinais de tortura.

O Pentágono informou que os detalhes desse resgate vão proporcionar dados sobre o terreno, o que foi descoberto no esconderijo da Al-Qaeda e o que estavam fazendo a esses cidadãos iraquianos.

Encontro raro sobre segurança no Iraque

O resgate acontece um dia antes de autoridades dos EUA e do Irã promoverem um raro encontro para debater a segurança no Iraque, onde Teerã estaria fomentando a violência, segundo alegações de Washington.

O encontro entre os embaixadores norte-americano, Ryan Crocker, e iraniano, Kazemi-Qomi, marca uma reversão na política de Washington, que rompeu laços com o Irã em 1980 e tem procurado isolar a república islâmica nos últimos anos.

O programa nuclear iraniano, que Washington acredita ser uma tentativa de desenvolvimento de armas atômicas sob cobertura de um plano de gerar eletricidade, não será debatido.

O Iraque, que afirma não querer se tornar um campo de batalha para os dois inimigos, saudou o encontro de segunda-feira.

- Acho que é um acontecimento positivo. Devemos incentivá-lo. É só o começo do processo - disse o ministro do Exterior do Iraque, Hoshiyar Zebari.

Autoridades iraquianas também participarão do encontro, cujo local não foi divulgado.

As negociações acontecem dois dias depois de Teerã afirmar ter descoberto redes de espiões ocidentais em seu território e no momento em que navios dos EUA fazem exercícios de guerra no Golfo.

Anthony Cordesman, especialistas em Oriente Médio no Centro de Estratégia e Estudos Internacionais de Washington, disse não esperar muito do encontro.

- Os EUA sabem o que querem do Irã, mas estão muito longe de conseguir. Os EUA querem que o Irã pare de apoiar milícias xiitas e de fornecer armas. Ao mesmo tempo, o governo não pode oferecer muito em troca - disse.

O embaixador Crocker afirmou que também não espera avanços "espetaculares" no encontro. Autoridades dos EUA dizem que pressionarão o Irã pela adoção de medidas para reduzir a violência no Iraque.

Nos últimos meses, militares dos EUA detectaram bombas mais poderosas instaladas em margens de ruas e outras armas que afirmam ser fornecida pelo Irã a militantes do Iraque para atingir americanos.

O Irã nega estar fomentando a violência e pede a saída das forças dos EUA do Iraque, afirmando que suas presença fomenta a violência entre sunitas e a maioria xiita.

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