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Somente 40 por cento dos fuzileiros navais e 55 por cento dos soldados do Exército dos Estados Unidos estacionados no Iraque dizem que denunciariam um companheiro por matar ou ferir um civil inocente, mostrou uma pesquisa do Pentágono divulgada nesta sexta-feira.

A pesquisa, que mostrou o aumento nas taxas de problemas psicológicos para tropas em serviço estendido ou múltiplo, também revelou que mais de um terço dos soldados e fuzileiros navais acredita que a tortura deveria ser permitida para a obtenção de informação que possa salvar vidas de tropas norte-americanas ou ganhar conhecimento sobre insurgentes iraquianos.

No geral, cerca de 10 por cento dos 1.320 soldados e 447 Marines entrevistados na pesquisa disseram ter cometido maus tratos a civis, fisicamente ou com danos à propriedade pessoal. A análise foi conduzida por especialistas médicos dos EUA entre 28 de agosto e 3 de outubro de 2006.

"Soldados com altos níveis de raiva, que tiveram muita experiência de combate ou que obtiveram positivo para sintomas de saúde mental, foram quase o dobro dos que maltrataram não-combatentes", disse o cirurgião-geral do Exército, Gale Pollock, a repórteres.

As descobertas, que incluem a primeira análise de ética entre tropas dos EUA em combate, foram divulgadas nesta sexta-feira em um relatório de 89 páginas no web site www.armymedicine.army.mil. O estudo havia sido entregue a oficiais militares graduados em novembro.

Alegações de maus tratos a detentos iraquianos e civis ofuscaram abusos de forças dos EUA no Iraque, desde incidentes do presídio de Abu Ghraib em 2004 até relatórios do fim de 2005 sobre o assassinato de 24 civis iraquianos por soldados norte-americanos em Haditha.

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