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Washington – Um relatório divulgado ontem pela organização Médicos pela Responsabilidade Social diz que, nos próximos 50 anos, os Estados Unidos poderão gastar até US$ 600 bilhões com o tratamento hospitalar e as pensões dos soldados feridos na Guerra do Iraque.

De acordo com o Pentágono, 3.855 soldados já morreram no conflito no país árabe. Outros 28.451 ficaram feridos. Destes, 12.770 tiveram ferimentos que impediram seu retorno à ativa em 72 horas.

Segundo o Pentágono, contando os soldados que adoeceram ou sofreram traumas psicológicos na guerra no Iraque, o número de militares afetadas de alguma maneira pelo conflito sobe para mais de 60.000.

Desde a invasão do Iraque, em março de 2003, os EUA já gastaram cerca de US$ 500 bilhões em operações de guerra na região.

"Estes gastos são alarmantes, (mas) os custos a longo prazo na saúde pública serão muito maiores", afirmou o grupo integrado por médicos. "Esta é uma guerra particularmente brutal e violenta e a crueldade teve efeitos que pedem um novo nome, mais violento, o ‘politrauma’", diz o médico Roland Glasser. "Os soldados sobreviventes estão agora mais prejudicados, e de formas mais variadas que o esperado ou que as vistas antes", acrescenta Glasser, autor do estudo "Feridos: do Iraque ao Vietnã".

Os avanços e transformações em coletes à prova de balas, no transporte de feridos e na medicina no campo de batalha fizeram com que muitos soldados que morriam em conflitos anteriores devido à gravidade dos ferimentos sobrevivessem. Na campanha do Iraque, a proporção entre soldados feridos e mortos é de 8 por 1, contra a de 3 por 1 da Guerra do Vietnã, e 2 por 1 na II Guerra Mundial. Além disso, o percentual de soldados que passam por amputações é o maior desde a Guerra Civil dos EUA (1861-1865). "Cerca de 30% de todos os soldados que retornam do Iraque sofrerão transtornos graves de saúde mental", afirma o relatório. "Isto pode incluir ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e abuso de substâncias", acrescentou.

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