• Carregando...
Mão de vítima é vista durante funeral de civis em Aleppo | Achilleas Zavallis/AFP
Mão de vítima é vista durante funeral de civis em Aleppo| Foto: Achilleas Zavallis/AFP

O novo enviado da Organ­­ização das Nações Uni­­da­­s­­ (ONU) à Síria, Lakhdar Bra­­himi, disse ontem ser quase impossível resolver a crise política no país, que vive confrontos entre governo e oposição há um ano e meio.

Em entrevista à emissora de televisão britânica BBC, ele qualifica seu trabalho como muito difícil, especialmente devido à escalada de violência entre forças rebeldes e leais ao ditador Bashar Assad.

"Chego a esse trabalho com os olhos abertos, sem ilusões. Sei como é difícil, quase impossível. Não posso dizer que é impossível, mas quase impossível", disse o diplomata argelino.

Brahimi disse estar assustado com a responsabilidade que lhe é atribuída na crise e a cobrança do mundo.

"As pessoas dizem que existem mortos e perguntam: ‘O que você está fazendo?’ E não estamos fazendo muito. Isso em si mesmo é um peso terrível", disse.

O mediador chamou o re­­gime sírio de intransigen­­te em relação à escalada da violência e disse que há uma paralisia no Conselho de Se­­gurança da ONU, especialmente depois dos três vetos de China e Rússia a resoluções destinadas a pressionar Damasco.

O diplomata afirmou que espera manter o plano de paz proposto por seu antecessor, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em abril.

A proposta pede o fim da violência de todos os lados e a retirada de tropas das áreas urbanas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]