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A organização SOS Racismo denunciou neste domingo (29) a presença de Marine Le Pen num "baile para nostálgicos do Terceiro Reich", organizado na sexta-feira (27), em Viena, por organizações estudantis de extrema-direita.

A presidente da Frente Nacional francesa "foi a convidada de honra de Martin Graf, terceiro vice-presidente do Parlamento austríaco, para a festa de gala no Hofburg, o palácio de inverno dos Habsburgo", promovida pelo grupo Olympia, divulgou a SOS Racismo em comunicado.

A data do baile coincide "com o 67 anos de libertação do campo de Auschwitz", diz a organização antirracista francesa".

Marine Le Pen, candidata de seu partido às próximas eleições presidenciais francesas, viajou a Viena por insistência do líder do partido de extrema-direita FPÖ, Heinz-Christian Strache, como integrante da Aliança Europeia para a Liberdade (EAF), que reúne formações europeias populistas e da ultradireita.

Para A SOS Racismo, Martin Graf é "um dos representantes mais duros e violentos da extrema-direita europeia".

"O grupo Olympia, ideólogo da EAF, é uma corporação secreta, proibida a judeus e mulheres, e seus membros têm por missão veicular ideias neonazistas", diz o comunicado.

O fundador da Frente Nacional e pai da candidata às eleições, Jean-Marie Le Pen, qualificou o baile de "magnífico acontecimento que reconstitui a Viena do século XIX. É Strauss sem Kahn, por assim dizer", acrescentou, num jogo de palavras.

Na frase, Jean-Marie Le Pen associou o célebre compositor de valsas Johann Strauss, e Dominique Strauss-Kahn, obrigado a deixar o cargo de diretor-gerente do FMI em maio passado, em meio a uma acusação de tentativa de estupro nos Estados Unidos, no momento em que liderava as pesquisas para as próximas eleições presidenciais francesas.

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