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O ministro dos Direitos Humanos do Sri Lanka, Mahinda Samarasinghe, afirmou nesta terça que o Exército do país demorou dois meses a mais para derrotar o Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam (LTTE). O motivo do prolongamento do conflito, segundo ele, é que as forças oficiais evitaram usar armas pesadas e realizar bombardeios aéreos. O Exército do Sri Lanka sofreu duras perdas na fase final da guerra civil, pois procurou utilizar armas leves, disse Samarasinghe ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Grupos de direitos humanos e funcionários da ONU afirmaram que o Sri Lanka causou milhares de mortes de civis. Porém, o ministro rebateu a acusação, afirmando "nossas forças de segurança estavam sob instruções estritas para evitar a perda de vidas civis". O governo anunciou a vitória sobre os rebeldes no mês passado e o próprio LTTE já reconheceu a derrota, encerrando uma guerra civil iniciada em 1983. Segundo a ONU, 7 mil civis morreram desde janeiro por causa da violência no país.

A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, afirmou, em um encontro de emergência na semana passada, que uma equipe internacional deveria ser enviada ao Sri Lanka para examinar a conduta dos militares e também dos rebeldes. Segundo Navi, há denúncias de que membros do LTTE impediram a saída dos civis da área de confrontos, que as forças oficiais usaram artilharia pesada na zona densamente povoada e mataram rebeldes que tentavam fugir.

No entanto, o Conselho de Direitos Humanos da ONU, com 47 membros e dominado por países asiáticos, africanos e muçulmanos, rejeitou a investigação. No lugar da apuração das mortes no conflito, o órgão elogiou a ação do governo para derrotar o LTTE.

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