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O furacão Stan provocou a morte de 244 pessoas e deixou milhares desabrigados na América Central e no México. A tragédia trouxe de volta a memória do furacão Mitch, que matou dez mil pessoas na América Central em 1998, principalmente em Honduras e na Nicarágua.

Na Guatemala, o número de pessoas mortas pelas fortes chuvas subiu para 146 depois que as águas de um rio transbordado em um povoado do litoral sul mataram mais 20 pessoas. A informação foi confirmada por fontes militares.

Sensibilizado pela tragédia, O governo do Japão anunciou a doação de material de emergência à Guatemal e El Salvador, no valor de 12 milhões de ienes ( US$ 105..263) a cada um. A medida visa amenizar os efeitos devastadores da tormenta tropical Stan.

De acordo com os comunicados divulgados, o pacote de socorro inclui colchões, mantas, capas de plástico, purificadores de água, geradores de eletricidade e tanques de água potável, entre outros artigos de primeira necessidade.

Um integrante do Exército guatemalteco, destacado na Base Naval do Pacífico, disse que o Rio Nahualate, transbordado desde quinta-feira, inundou a comunidade de El Semillero e causou a morte de pelo menos 20 pessoas e ferimentos em mais de 100.

O Nahualate, um dos rios mais caudalosos do sudoeste do país, passa pelo departamento de Suchitepéquez até desembocar no Oceano Pacífico.

As inundações pelo transbordamento do Nahualate destruíram parcialmente el Semillero, um povoado de camponeses e pescadores pobres.

A Coordenadora Nacional para a Redução de Desastres (Conred), advertiu nesta sexta-feira que a quantidade de vítimas devido às intensas chuvas, que atingem este país centro-americano desde o fim de semana passado, como conseqüência indireta da tempestade tropical Stan, pode aumentar nas próximas horas.

Os corpos de socorro, com o apoio de Exército e de moradores, buscam entre o lodo e as rochas produto de um desmoronamento que caiu sobre duas comunidades indígenas por volta de 800 pessoas que podem estar soterradas.

Nas comunidades de Panabaj e Panchay, no município de Santiago Atitlán, ao redor de 190 quilômetros ao oeste da capital do país, nas margens do Lago de Atitlán, um dos mais importantes atrativos turísticos da Guatemala, foram resgatados os corpos de 47 pessoas.

Enquanto isso, segundo a rádio local Emissoras Unidas, dezenas de pessoas ficaram presas hoje dentro de suas humildes casas, sobre as quais caiu um desmoronamento na comunidade de Tacana, 300 quilômetros ao oeste da capital, fronteiriça com o México.

Moradores desse local faziam angustiantes chamados às autoridades para que enviassem ajuda para resgatar as pessoas desaparecidas.

Nos departamentos de San Marcos (sudoeste), Quetzaltenango e Sololá (oeste), embora com menor intensidade que nos dias anteriores, as chuvas continuam, o que dificultou o envio de ajuda humanitária a milhares de pessoas incomunicadas.

Por enquanto, as estatísticas oficiais assinalam que 38.000 pessoas estão desabrigadas, sendo que 24.260 estão em 116 abrigos pagos pela Conred, e 272 comunidades foram afetadas.

As chuvas começaram a diminuir, mas se prevê que retornem nas próximas horas devido à chegada de uma onda tropical procedente do oeste, no Oceano Pacífico.

O nevoeiro dificultou a ida da ajuda às comunidades afetadas por via aérea e obrigou o presidente do país, Oscar Berger, a suspender um percurso aéreo que pretendia realizar pelo litoral do Pacífico para verificar os danos.

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