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A sudanesa que foi condenada à morte por ter se convertido ao cristianismo teve sua pena cancelada pelo Tribunal de Apelação de Cartum nesta segunda-feira (23) e, inclusive, já deixou a prisão, informou Mohammed Ibrahim, um advogado do caso.

De acordo com a fonte, a libertação da doutora sudanesa Mariam Ibrahim Ishaq, de 27 anos, "significa que o tribunal reconheceu que ela não se converteu ao cristianismo, mas que sempre foi cristã e que seu casamento é legal".

O tribunal de apelação considerou hoje que a decisão em primeira instância se baseou em "provas frágeis e contraditórias" e que a anulação do casamento entre Ishaq e seu marido cristão representou um erro de conduta.

A doutora foi sentenciada à forca no último dia 15 de maio, embora o juiz tenha lhe concedido dois anos para amamentar seu bebê, já que, ao ser detida, Ishaq estava grávida. O filho da sudanesa nasceu no dia 27 de maio.

Filha de pai muçulmano e mãe cristã, Ishaq foi condenada por sua suposta conversão ao cristianismo, algo que a jovem rejeitou ao assegurar que nunca professou o islã porque por influência da educação de sua mãe.

A tradição islâmica designa automaticamente os filhos de rapazes muçulmanos como seguidores desta religião.

O juiz de primeira instância também condenou Ishaq por adultério, ao declarar nulo seu casamento com Daniel Wani (em 2011), já que a "sharia" (lei islâmica) não permite que uma mulher muçulmana se case com um cristão.

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