| Foto: Reuters/Stringer

O ministro sudanês de Informação, Ahmed Bilal Ozman, denunciou nesta quarta-feira (24) que quatro aviões militares israelenses bombardearam uma fábrica de armas no sul de Cartum, em um ataque no qual morreram duas pessoas.

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Em entrevista coletiva na capital sudanesa, Bilal Ozman assegurou que os projéteis lançados nesta madrugada destruíram, parcialmente, o complexo industrial militar e que um dos depósitos de armas ficou totalmente destroçado.

O também titular de Cultura explicou que os aviões entraram pelo leste do Sudão e que o número de série dos projéteis lançados e outros detalhes provam que são israelenses.

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"O estado sudanês reserva o direito de responder no momento e local adequados", advertiu o ministro, que adiantou que Cartum apresentará uma queixa oficial perante o Conselho de Segurança da ONU.

Na mesma entrevista coletiva, o porta-voz das Forças Armadas sudanesas, Al Sawarmi Saad Khaled, não descartou que haja gente infiltrada entre as forças de segurança.

Khaled indicou, além disso, que as autoridades sudanesas conseguiram controlar o incêndio suscitado no complexo, onde foram registradas várias explosões depois da meia-noite.

O governo do Sudão acusou, em diversas ocasiões, Israel de perpetrar ataques em seu território, sendo o mais grave ocorrido em janeiro de 2009, quando o bombardeio contra um comboio sudanês, que era suspeito de levar armas à faixa de Gaza, causou a morte de 39 pessoas.

Em maio, o governo sudanês apontou Israel como possível autor da explosão de um veículo na cidade oriental de Porto Sudão, que causou a morte de uma pessoa.

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O ministro das Relações Exteriores do país, Ali Karti, disse, na ocasião, que "o Estado sionista (Israel) imagina que o Sudão ajuda algumas facções palestinas".