O Sudão e o Sudão do Sul anunciaram ontem que lançarão uma força conjunta para proteger os campos de petróleo, ante a ameaça de grupos rebeldes que querem derrubar o presidente sul-sudanês, Salva Kiir.
O acordo foi feito após uma reunião entre o chanceler sul-sudanês, Ali Ahmed Karti, com o ditador sudanês, Omar al-Bashir. Em entrevista coletiva, Karti afirmou que a ideia partiu do Sudão do Sul, que se emancipou do Sudão em 2011 após anos de guerra civil.
Devido ao conflito, a produção petroleira do país caiu 15% em dezembro, afetando gravemente a economia local. O acordo é anunciado no primeiro dia de negociações de paz entre o governo de Salva Kiir e os rebeldes comandados pelo ex-vice-presidente Riek Machar, que acontecem em Adis Adeba, na Etiópia.
Além do Sudão, participam do grupo representantes de Uganda, Etiópia e China, que possui interesses petroleiros no Sudão do Sul. "A China é um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e, portanto, acompanhamos de perto a situação no país", declarou o chanceler chinês, Wang Xi.
O objetivo das discussões, mediadas por países da região, é alcançar um cessar-fogo após três semanas de confrontos no país, que, segundo a ONU, deixaram mais de mil mortos e milhares de deslocados internos.
O conflito no Sudão do Sul teve início em 15 de dezembro, contrapondo soldados leais ao presidente Salva Kiir a uma aliança de milícias étnicas e oficiais amotinados liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar, demitido em julho.
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