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Em Zurique, manifestante protesta após o resultado do referendo que proíbe a construção de minaretes | Arnd Wiegmann/Reuters
Em Zurique, manifestante protesta após o resultado do referendo que proíbe a construção de minaretes| Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Os eleitores suíços aprovaram a proibição da construção de novos minaretes em um referendo realizado ontem. O resultado surpreendente deve constranger o governo da Suíça, tradicionalmente neutro. A agência suíça de notícias ATS e outros órgãos de imprensa informaram que pelo menos 57,5% dos eleitores em 22 dos 26 cantões em que se subdivide o país aprovaram a proposta.

O referendo tinha o apoio do Partido do Povo Suíço (SVP), de extrema direita. O governo e o Parlamento haviam rejeitado a iniciativa por considerar que ela violava a Constituição, a liberdade de religião e a tradição de tolerância, cultivada no país europeu.

As autoridades diziam que a proibição poderia "servir aos interesses de círculos extremistas". O governo informou que vai respeitar a decisão do povo e declarou que a construção de minaretes não será mais permitida no país.

"Os muçulmanos na Suíça podem praticar sua religião sozinhos ou em comunidade com outros e viver de acordo com suas crenças, exatamente como antes", assinalou o governo em um comunicado oficial.

A ministra da Justiça, Eveline Widmer-Schlumpf, disse que o resultado da votação reflete o medo do fundamentalismo islâmico, mas que a proibição "não é um meio plausível de conter tendências extremistas".

Um grupo de políticos do SVP, maior partido do país, e da União Democrática Federal recolheram assinaturas suficientes para forçar a realização do referendo, com base numa iniciativa que se opõe à "islamização da Suíça". O cartaz da campanha mostrava a bandeira suíça coberta de minaretes que pareciam mísseis e uma mulher com um véu preto, traje associado ao islamismo.

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