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Políticos árabes sunitas exigiram nesta quarta-feira uma investigação internacional sobre as denúncias de que milícias sunitas ligadas ao Ministério do Interior do Iraque torturaram e abusaram de prisioneiros em um búnker secreto em Bagdá. As denúncias podem alimentar as tensões sectárias às vésperas das eleições parlamentares em 15 de dezembro.

O abrigo subterrâneo, localizado perto do complexo do Ministério do Interior em Bagdá, foi descoberto por tropas dos EUA durante uma busca na noite de domingo. No local, soldados americanos encontraram 173 homens e adolescentes desnutridos e, alguns, com ferimentos graves ou sinais de torturas. O primeiro-ministro iraquiano, Ibrahim Jaafari, disse ter ordenado a apertura de uma investigação.

Um membro da milícia xiita suspeito de envolvimento na tortura de prisioneiro negou qualquer ligação com a instalação, dizendo ter sido acusado por motivos político e que as denúncias são um esforço para desacreditar os xiitas antes das eleições.

O novo escândalo de maus-tratos a presos no Iraque, que acendeu as memórias do caso de Abu Ghraib e dos tempos mais sombrios da ditadura de Saddam Hussein, é um dos incidentes mais incômodos para o governo iraquiano respaldado pelos EUA, que havia prometido respeitar os direitos humanos.

O político sunita Omar Hujail, do Partido Islâmico iraquiano, disse que o búnker era apenas um dos locais onde árabes sunitas são mantidos prisioneiros e torturados.

- Estamos dizendo há anos que há gente com uniforme do Ministério do Interior fazendo batidas à noite nas casas e prendendo pessoas, mata todos negam - disse ele.

- Instamos as Nações Unidas e organizações de direitos humanos a denunciar estas violações e pedimos que elas conduzam uma investigação internaiconal justa - disse ele a jornalistas.

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