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A Corte Suprema da Índia ordenou uma investigação sobre o estupro de um grupo a uma jovem de 20 anos por ordem de um conselho tribal no estado de Bengala, no leste do país, informaram nesta sexta-feira a imprensa local.

O máximo organismo judicial indiano qualificou como "inquietante" o estupro da mulher por 13 homens como castigo por manter uma relação com um homem de outra cidade na segunda-feira, de acordo com a rede "NDTV".

O tribunal ordenou ao juiz do distrito de Birbhum que se desloque à cidade de Labhpur, onde ocorreram os fatos, e apresente um relatório em uma semana.

A jovem se encontra hospitalizada e seu estado é estável, de acordo com fontes do centro médico onde se recupera.

"Ele se encontra estável e comeu", disse à Agência local "Ians", o superintendente do hospital, Asit Biswas.

O chefe do povo e outros homens organizaram um conselho tribal para "julgar" o casal.

O tribunal ilegal exigiu um pagamento de 25 mil rúpias (US$ 400) a cada um dos jovens, que não tinham como arrecadar a quantia.

O conselho decidiu então que a jovem seria castigada com estupro.

As forças de segurança detiveram 13 homens por suposto envolvimento com o caso, entre eles o chefe do povo, que liderou o estupro, de acordo com o relato da vítima à imprensa local.

As informações sobre estupros na Índia ocorrem dia após dia nas páginas dos meios de comunicação, fruto da conscientização criada pelo estupro de grupo a uma estudante universitária em Nova Délhi em 16 de dezembro de 2012, que acabou morrendo.

Esse estupro provocou protestos e um debate sem precedentes sobre a situação da mulher no país asiático, o que levou o Governo a endurecer as leis contra as agressões sexuais.

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