O Ministério do Interior da Tunísia afirmou ontem ter detido quatro suspeitos pelo homicídio do político secular Mohamed Brahmi, morto na quinta-feira.

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Segundo o ministro Lufti bin Jidu, a arma que matou Brahmi é a mesma usada no assassinato de Chokri Belaid, há seis meses. Há, além dos quatro presos, dez suspeitos de envolvimento nos crimes.

O principal suspeito é o salafista linha-dura Abu Bakir Hakim, do grupo militante islamita Ansar al-Sharia.

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O assassinato de Brahmi motivou uma onda de manifestações no país. Ontem, a Tunísia enfrentou uma greve geral. A companhia aérea Tunisair cancelou todos os voos previstos para a data.

Apesar de em menor escala, os protestos evocam a memória as multidões que foram às ruas em 2011 – em meio também a uma greve geral – para pedir a deposição do então ditador Ben Ali.

Brahmi, de 58 anos, foi morto com 14 tiros por atiradores ainda desconhecidos diante de sua casa, na presença de sua filha e de sua mulher. Ele tinha posição crítica contra o governo dominado por islamitas, na Tunísia.

Ele havia renunciado ao cargo de secretário-geral do Movimento Popular, partido tunisiano de esquerda, em 7 de julho, afirmando que a organização havia sido "infiltrada" por islamitas.

A desconfiança pública fez com que o partido Al-Nahda fosse a público negar as acusações de que esteja envolvido no crime, antes do anúncio da prisão dos suspeitos.

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