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“Eu sempre soube o que deveria fazer. Vou me submeter uma vez mais.” - Cristina Kirchner, presidente da Argentina | Enrique Marcarian/Reuters
“Eu sempre soube o que deveria fazer. Vou me submeter uma vez mais.” - Cristina Kirchner, presidente da Argentina| Foto: Enrique Marcarian/Reuters

Buenos Aires - Após alimentar dúvidas sobre seu futuro político, a presidente da Argentina, Cristina Kirch­­ner, 58 anos, anunciou ontem que será candidata à reeleição em outubro.

Ao apresentar na Casa Ro­­sa­­da o programa "LCD para To­­dos", que vai oferecer à população facilidades para comprar tevê de tela plana (a sigla LCD se refere à tecnologia dos aparelhos), a mandatária confirmou que será candidata. "Eu sempre soube o que de­­veria fazer. Vou me submeter uma vez mais", declarou durante o evento.

"Soube que deveria ser candidata em 28 de outubro [data do funeral de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner], quando as pessoas gritavam ‘força, Cristina!’. Meu compromisso é irrevogável. Espero ser uma ponte entre as novas e as velhas gerações, essa deve ser minha função", afirmou.

Havia grande expectativa no país sobre o que iria decidir a presidente. No sábado termina o prazo da Justiça eleitoral para o registro dos candidatos que vão disputar a eleição presidencial, cujo primeiro turno será em 23 de outubro.

Cristina, até o fim de semana, terá que escolher o vice que vai compor sua chapa.

Nas últimas semanas, a presidente deu declarações em que demonstrava dúvida se tentaria novo mandato. Ela disse que não aceitaria pressões e inclusive chegou a fazer referências à fragilidade de sua saúde.

Eleita em 2007, após uma surpreendente decisão de Nés­­tor de não tentar a reeleição, Cristina seguiu a cartilha do ex-marido.

Enfrentou logo nos primeiros meses de governo um duro embate contra produtores agropecuários, que levou a um ra­­cha com o seu vice, Julio Cobos, que preside o Senado.

O episódio foi o estopim para a guerra hoje declarada entre a Casa Rosada e a imprensa, considerada inimiga. Desde então, o governo im­­pulsionou uma série de medidas contra a imprensa, como uma lei contra o monopólio da mídia que afetou diretamente o Grupo Cla­­rín, maior conglomerado de comunicação da Argentina.

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