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O general norte-americano David Petraeus, chefe das tropas internacionais que atuam no Afeganistão, afirmou hoje que as forças estrangeiras conseguiram reverter um bom momento do Taleban no país. O militar advertiu, porém, que haverá outras duras batalhas pela frente.

Em uma entrevista à rede britânica BBC, Petraeus reduziu a expectativa por uma rápida retirada das tropas dos EUA no ano que vem, repetindo que a meta do presidente Barack Obama de retirá-las, em julho de 2011, é apenas "uma data em que o processo começa".

O número de soldados estrangeiros mortos no Afeganistão subiu hoje, com a morte de mais dois soldados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Petraeus notou que o caminho pela frente pode significar mais mortes, mas insistiu que a campanha de nove anos está progredindo. "O momento que o Taleban estabeleceu ao longo dos últimos anos foi revertido em muitas das áreas do país e será revertido em outras áreas também", avaliou.

"Agora, isso não é o suficiente - você não pode apenas reverter o momento, claro que você precisa tomar os refúgios que o Taleban conseguiu estabelecer ao longo desses anos", disse Petraeus, complementando que isso virá apenas acompanhado de uma "dura batalha".

O general citou a província de Helmand, no sul do país, como uma área onde as tropas da Otan "certamente" reverteram o avanço do Taleban. O grupo fundamentalista foi derrubado do poder, em Cabul, com a invasão liderada pelos EUA, em 2001.

Controle

Essa reversão está "começando" em Kandahar, e há também boas notícias em Cabul, notou Petraeus, onde as forças afegãs estão assumindo o controle das operações de segurança em todos os distritos, exceto um deles.

Petraeus reconheceu, porém, que há riscos para as forças internacionais. Nesse ano, já morreram 453 soldados estrangeiros no país, segundo um levantamento da agência France Presse a partir do site independente icasualities.org. No ano passado todo, o número de baixas foi de 520.

O número de tropas estrangeiras no Afeganistão deve chegar a 150 mil nas próximas semanas, após as ordens de Washington para que houvessem reforços nessa guerra para acelerar seu fim. Os EUA esperam começar sua retirada em julho de 2011.

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