Os talibãs afegãos pediram neste domingo ao papa Bento XVI que ele condene as perdas civis provocadas pelas forças internacionais do Afeganistão, em resposta à reação do pontífice com relação ao seqüestro dos 22 sul-coreanos.

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Mais cedo, o papa tinha pedido aos talibãs, que mantêm 22 membros da igreja presbiteriana Saem-Mul presos há 11 dias, a libertação das vítimas ilesas, durante a oração do Angelus no Castelo Gandolfo.

"Por que o papa não condena as mortes de civis provocadas pelas tropas estrangeiras? Elas bombardeiam inocentes", questionou Youssouf Ahmadi, porta-voz dos rebeldes, garantindo que as forças internacionais mantinham "afegãos presos".

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"Enquanto mulheres afegãs sejam mantidas em prisões americanas de Bagram e Kandahar, nós não aceitaremos o pedido do papa", acrescentou por telefone à AFP este porta-voz, dizendo ao papa que se ele realmente quer a libertação dos sul-coreanos, que também peça a libertação dos afegãos presos.

As autoridades afegãs querem que os talibãs libertem as 16 mulheres do grupo de 22 reféns sem impor nenhuma condição, uma vez que a prisão de mulheres vai de encontro aos valores islâmicos e afegãos.

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