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Gaza – Soldados israelenses a bordo de tanques e veículos blindados avançaram sobre duas cidades do norte da Faixa de Gaza, ontem, em uma operação contra militantes palestinos engajados em disparos de foguete contra alvos em Israel, desencadeando violentos confrontos que resultaram na morte de pelo menos duas pessoas, informaram autoridades locais.

Apesar da persistente ofensiva israelense contra Gaza, os militantes palestinos mantêm os disparos de foguete contra alvos no sul de Israel. Um dos foguetes disparados hoje atingiu uma escola pouco antes do início das aulas, mas não havia crianças no momento. Não houve vítimas dos disparos de hoje.

Fontes médicas e agentes de segurança disseram que um militante palestino de 22 anos morreu durante a ofensiva israelense. De acordo com o braço armado do Hamas, ao qual pertencia o militante, o rapaz foi morto quando tentava disparar um foguete na direção de Israel. Segundo o Exército, soldados alvejaram o militante em Beit Hanoun.

Em outro episódio de violência ocorrido ontem, um disparo de tanque israelense provocou a morte de um policial palestino ligado às forças de segurança mantidas pelo Hamas. O Exército israelense alega ter atirado contra palestinos armados que colocavam explosivos no caminho de seus soldados.

A escalada de violência coincide com a decisão da Cruz Vermelha Internacional de suspender suas atividades em Gaza depois de dois de seus agentes humanitários terem sofrido seqüestros-relâmpago no território palestino litorâneo.

A suspensão representa um duro golpe contra os esforços humanitários no devastado e empobrecido território. Os dois agentes humanitários, ambos de origem italiana, foram seqüestrados ontem no sul da Faixa de Gaza e libertados ilesos depois de nove horas, informou a Cruz Vermelha em Genebra.

Nos episódios de violência de ontem, franco-atiradores israelenses ocuparam o topo de prédios e casas nas cidades palestinas de Beit Hanoun e Jebaliya enquanto as tropas terrestres avançavam.

Três meninas palestinas foram feridas por soldados israelenses que abriram fogo perto de uma escola em Beit Hanoun, disseram fontes num hospital e nos serviços de segurança.

Os franco-atiradores israelenses também ocuparam o telhado da casa da deputada palestina Jamila Shanti, que ajudou a mobilizar mulheres em uma manifestação que permitiu a fuga de militantes palestinos cercados por Israel no início deste mês.

Os familiares da deputada ficaram retidos dentro da residência cercada pelos soldados israelenses, que armaram uma barricada ao redor da casa e dispararam nove granadas contra o imóvel, que já havia sido atacado em outra operação israelense contra Jebaliya no início do mês, disseram testemunhas.

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