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Moradores do litoral do Mississipi fazem limpeza de praia atingida por óleo que vazou da plataforma de petróleo | Rick Wilking/Reuters
Moradores do litoral do Mississipi fazem limpeza de praia atingida por óleo que vazou da plataforma de petróleo| Foto: Rick Wilking/Reuters

A empresa petrolífera BP examinava ontem as opções que ainda restam para conter o vazamento de petróleo de um poço submarino no golfo do México e impedir que o derrame se torne o pior desastre do gênero da história dos EUA.No sábado, a tentativa de colocar uma enorme caixa de metal em cima do vazamento para coletar o óleo e impedir que ele alimente a mancha que se espalha pelo golfo fracassou.

Quando os técnicos da BP tentavam baixar o domo de contenção até o local do vazamento, a 1.500 metros de profundidade, cristais de gelo se formaram no interior da estrutura e entupiram a saída por onde o óleo subiria à superfície para ser coletado.

Nunca um domo de contenção, como é chamada a caixa metálica de 12 metros de altura, havia sido usado em uma profundidade tão grande.

Havia o temor de que ele não fosse funcionar por causa do gelo, e foi o que aconteceu.

A estrutura foi içada 500 metros acima do vazamento, enquanto os engenheiros começavam a improvisar outras maneiras de fechar o vazamento.

Uma técnica seria usar um tubo para injetar lama e concreto diretamente no "blowout preventer’’, a válvula do poço que deveria ter impedido o vazamento após a explosão, mas que não funcionou.

Esse processo poderia levar de duas a três semanas.

O chefe de operações da BP, Doug Suttles, disse que outra solução seria colocar um domo de contenção menor sobre o vazamento. "Nós o chamamos de "cartola’’’, afirmou.

Por conter menos água, a "cartola’’ estaria menos suscetível à acumulação de gelo que vitimou o domo maior. Ela poderia estar pronta para ser baixada até o local do vazamento ainda nesta semana.

Uma solução definitiva, que seria perfurar um segundo poço horizontal e por meio dele concretar o vazamento, levaria de dois a três meses.

Desde a explosão da plataforma de petróleo Deepwater Horizon, operada pela BP, no último dia 20, já vazaram 13,3 milhões de litros de óleo do poço.

É cerca um terço do que vazou do superpetroleiro Exxon Valdez no Alasca em 1989, no pior acidente com óleo da história americana.

Nesse ritmo de vazamento, o desastre do golfo superaria o do Alasca em 20 de junho.

No fim de semana, grossas bolhas de piche chegaram às praias do Estado do Alabama, em mais um sinal de que o derramamento – mais perto da Louisiana – estava se espalhando. Até agora, porém, quantidades maciças de óleo ainda não chegaram à costa.

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