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Os Estados Unidos fecharam nesta terça-feira dois de seus consulados no Paquistão ao público, por tempo indeterminado, um dia após o anúncio da morte de Osama Bin Laden. O líder da Al-Qaeda foi assassinado no domingo por uma operação realizada por forças especiais norte-americanas perto da capital paquistanesa, Islamabad.

A embaixada dos EUA em Islamabad e um terceiro consulado em Karachi também foram fechados ao público geral. Uma decisão foi tomada, porém, para reabrir esses dois órgãos, disse um porta-voz da embaixada.

Os consulados fechados ficam em Lahore, no leste, e em Peshawar, no noroeste do Paquistão, que fica próximo do cinturão tribal apontado por Washington como a sede global da Al-Qaeda. Um comunicado disse que a embaixada e todos os consulados, porém, devem permanecer abertos para "outros negócios e para serviços de emergência para cidadãos americanos".

O comunicado é divulgado em meio aos temores de represálias, após a morte de Bin Laden, que estava em uma residência a 50 quilômetros de Islamabad. O Departamento de Estado dos EUA emitiu um alerta global para todos seus cidadãos em todo o mundo após a morte do terrorista, dizendo que pode haver episódios de violência contra norte-americanos. O texto diz que o alerta valerá até 1º de agosto.

A principal facção do Taleban no Paquistão prometeu vingar a morte de Bin Laden e atacar os governos "americano e paquistanês e suas forças de segurança". O Paquistão já reforçou a segurança em grandes cidades, sedes diplomáticas e no entorno do local da morte de Bin Laden, em Abbottabad.Protestos

Centenas de pessoas foram às ruas ontem, em Quetta, no sudoeste do Paquistão, perto do Afeganistão, para criticar os EUA por matar Bin Laden. "O martírio dele não acabará com o movimento, ele continuará e milhares de Bin Ladens nascerão", disse o parlamentar federal Maulawi Asmatullah, líder do protesto.

Na Faixa de Gaza, algumas dezenas de palestinos se reuniram nesta terça para homenagear o líder da Al-Qaeda. Cerca de 25 pessoas, com fotos e pôsteres de Bin Laden, realizaram um ato perto da Universidade da Cidade de Gaza. No grupo havia simpatizantes da Al-Qaeda, bem como estudantes que diziam ser contrários à ideologia extremista do grupo, mas discordavam da ação dos EUA de matá-lo e o consideram um mártir.

A polícia do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, não interferiu na manifestação. Ontem, o primeiro-ministro do governo de Gaza, Ismail Haniyeh, condenou a operação norte-americana que matou Bin Laden, qualificando o extremista como um "guerreiro muçulmano e árabe". O Hamas, porém, sempre se distanciou da ideologia militante da Al-Qaeda, dizendo que sua luta é contra Israel, não contra o Ocidente. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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