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Bing Xing olha de sua jaula ao chegar no aeroporto de Barajas, em Madri | Reuters
Bing Xing olha de sua jaula ao chegar no aeroporto de Barajas, em Madri| Foto: Reuters

A temperatura média no planalto tibetano subiu entre um e dois graus durante os meses de julho e agosto, em comparação com a registrada nos anos passados, informam as autoridades meteorológicas da região citadas neste domingo pela agência oficial "Xinhua". Devido a fenômenos meteorológicos como a mudança climática ou o "El Niño", o Tibete experimentou entre dezembro de 2006 e fevereiro de 2007 seu terceiro "Inverno Quente" dos últimos 25 anos, segundo dados da Estação Meteorológica da Região Autônoma do Tibete.

Desde julho, o Tibete enfrentou tempestades, granizo, inundações e deslizamentos de terra provocados pelas constantes chuvas, o que também afetou a vida de sua população, a produção agrícola e o transporte.

- Este tempo anormal levou a uma maior incidência de condições climática extremas na época de chuvas - explicou Jiala, responsável da estação.

De acordo com estimativas oficiais, as temperaturas nas regiões mais altas do Tibete estão subindo mais do que o dobro da média geral do planeta. Divulgada em julho, a descoberta reforça a tese de que as áreas mais elevadas em regiões tropicais e subtropicais estão passando por drásticas mudanças climáticas, semelhantes àquelas que estão ocorrendo nos pólos.

Geleiras podem desaparecer até o ano de 2035

Segundo a média apresentada em julho, no planalto tibetano, o aumento tem sido de 0,3 grau Celsius por década. Nos últimos 50 anos, as temperaturas no Ártico e na Antártica subiram, respectivamente, 0,2 e 0,5 grau Celsius por década, segundo estudos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

O motivo desse rápido aquecimento, dizem os cientistas, é que as águas oceânicas ao redor dos pólos estão se elevando mais rápido do que em qualquer outra região do planeta. Nos trópicos, a temperatura das águas tem uma importância crucial. Quando essas águas, que já têm temperaturas naturalmente elevadas, ficam ainda mais quentes, por causa do aquecimento global, elas liberam mais umidade, que vai direto para as camadas superiores da atmosfera.

Outras pesquisas têm alertado que todas as geleiras na região central e oriental dos Himalaias, algumas das áreas mais sensíveis no planeta às mudanças climáticas, podem desaparecer até o ano de 2035, se forem mantidas as atuais taxas de degelo. Se isso acontecer, o derretimento das geleiras ameaça o sul da Ásia com fortes enchentes, seguidas por secas igualmente intensas.

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