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Casas destruídas pelo tremor na cidade de Yushu, no noroeste chinês: 85% das construções da região sofreram danos | Wu Hong/Agência Xinhua/Reuters
Casas destruídas pelo tremor na cidade de Yushu, no noroeste chinês: 85% das construções da região sofreram danos| Foto: Wu Hong/Agência Xinhua/Reuters

Análise

Força de abalos não aumentou

Folhapress

Especialistas do Brasil e dos EUA afirmam que os fortes terremotos deste ano não representam aumento nem de frequência nem de intensidade. Para eles, a maior atenção ao assunto se dá pelo fato de os abalos terem ocorrido em áreas populosas. "Os terremotos não estão mais frequentes, as médias a longo prazo seguem constantes’’, diz Don Blakeman, geofísico do Serviço Geológico dos EUA. "Os terremotos estão acontecendo em lugares diferentes, placas diferentes’’, concorda o professor Lucas Vieira Barros, do Observatório Sismológico da UnB. O professor destaca que o aumento global da população leva as pessoas cada vez mais para perto de fontes sísmicas.

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Um forte terremoto que atingiu comunidades pobres de maioria tibetana na China, no sul da província de Qinghai, matou pelo menos 589 pessoas. O tremor de 6,9 graus derrubou casas e escolas e deixou vítimas presas entre os escombros. Pelo menos 10 mil pessoas se feriram, informou a tevê estatal chinesa. Na manhã ontem, pelo horário local, o ae­­ro­­porto da cidade de Yushu foi rea­­berto e chegou a primeira equi­­pe de resgate da capital da pro­­vín­­cia, Xining, que fica a 860 quilômetros da região mais atingida. Dezenas de milhares de pessoas em Yushu, que tem 70 mil habitantes, estão desabrigadas.

Tropas da paramilitar Polícia Armada do Povo e outros encarregados tentavam ontem à noite resgatar pessoas dos escombros na cidade de Jiegu, a 50 quilômetros do epicentro do terremoto. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) informou que o terremoto mais forte teve 6,9 graus de intensidade e ocorreu a uma profundidade de 10 quilômetros.

"Quase todas as casas de madeira e barro desabaram. Tinha tanta poeira no ar que não conseguíamos ver nada", disse Ren Yu, gerente do Yushu Hotel em Jiegu. O número de mortos deverá subir, uma vez que 85% das construções na região, se­­gundo funcionários locais, fo­­ram destruídas.

O terremoto de 6,9 graus ocorreu pouco antes das 8 h (hora local) de ontem, balançando a se­­de da prefeitura de Yushu, parte da província de Qinghai, perto do limite do planalto tibetano.

O terremoto também derrubou dormitórios e outros prédios em Qinghai e prédios da Escola Primária de Yushu, onde 22 estudantes morreram.

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