Cerca de 2.000 exilados tibetanos, incluindo crianças, monges e freiras, participaram de um protesto em Katmandu neste domingo, horas antes da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos em Pequim.

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Monges e freiras de cabelos raspados e de mantos marrons, alguns com bandeiras tibetanas e cartazes pedindo a independência da região, estavam entre os participantes, que caminharam silenciosamente por oito quilômetros nos arredores da capital do Nepal.

Na cidade indiana de Dharamsala, casa do líder espiritual tibetano Dalai Lama, centenas de jovens tibetanos marcharam, prometendo manter viva a campanha "Tibete livre" mesmo depois dos Jogos Olímpicos de Pequim.

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Monges e freiras caminharam ao lado de outros tibetanos, gritando "Libertem o Tibete" e "Queremos justiça".

Em Katmandu, a polícia manteve uma vigilância rigorosa, apreendendo algumas bandeiras mas deixando a marcha continuar do subúrbio de Boudha para o monastério antigo de Swyambhu, fora da cidade principal.

Os exilados pediram que as Nações Unidas e outros órgãos "avaliem a atual situação e façam com que o mundo saiba a verdade".

Mais de 20.000 tibetanos ainda vivem no Nepal, o segundo maior exílio para eles depois da Índia. Grande parte deles deixou sua terra natal depois de uma tentativa frustrada de um levante contra o domínio chinês em 1959.

O Nepal, que considera o Tibete parte da China - uma aliada comercial do país - disse que os exilados podem permanecer na empobrecida nação, mas que não podem organizar atividades contra sua influente vizinha.

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Cerca de 10.000 refugiados foram presos nos últimos cinco meses, mas já foram libertados.

A organização Human Rights Watch, baseada em Nova York, disse no mês passado que as autoridades do Nepal estavam sendo pressionadas por Pequim para conter os protestos tibetanos, uma acusação negada pela China.

O novo primeiro-ministro do Nepal, o maoísta Prachanda, está em Pequim para o encerramento da Olimpíada, e deverá encontrar o presidente chinês, Hu Jintao, e outros líderes para discutir as relações entre Nepal e China.