Imagem ilustrativa.| Foto: Reprodução/Pixabay

Para aumentar as chances de procriação da orangotango fêmea Samboja, o Apenheul Primate Park, zoológico holandês dedicado aos primatas, vai lançar mão de um experimento inusitado: antes de conhecer seu par pessoalmente, a macaca poderá escolhê-lo por meio de um tablet. As informações são da publicação britânica The Guardian.

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Na experiência com duração de quatro anos, batizada de “Tinder para orangotangos”, os biólogos mostrarão para Samboja imagens de possíveis companheiros, que integram um programa internacional de criação de macacos. A primata, que tem 11 anos, deverá, então, tocar a tela do dispositivo para demonstrar qual é a sua preferência.

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À rede de notícias holandesa NOS, o biólogo Thomas Bionda, especialista em comportamento animal, contou que um dos objetivos do estudo é obter mais informações a respeito de como as fêmeas da espécie fazem suas escolhas relativas ao acasalamento.

A experiência também pouparia tempo e dinheiro ao zoológico, uma vez que muitas vezes os machos são oriundos de instituições bastante longes de Apenheul, como reservas asiáticas.

“É comum que os animais voltem a seus zoológicos de origem sem sequer cruzarem. Nem sempre o primeiro encontro entre um macho e uma fêmea vai bem”, afirmou Bionda.

O “Tinder para orangotangos” integra uma pesquisa mais ampla, que analisa o papel das emoções nas relações animais. De acordo com o biólogo, a emoção tem um papel importante na escala evolutiva.

“Se na natureza você não conseguir interpretar a emoção [de um animal] corretamente, este pode ser o seu fim”, disse.

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O maior obstáculo encontrado pelos pesquisadores até então tem sido a fragilidade do tablet, que seria o dispositivo ideal para realizar o experimento. Duas semanas atrás, os cientistas entregaram a duas fêmeas um aparelho reforçado com aço. No início do teste, o aparelho “sobreviveu” bem aos animais, até que a mãe de Samboja, Sandy, apossou-se do dispositivo. Entre os funcionários do zoológico, Sandy é conhecida como “mulher demolidora”.

Colaborou: Mariana Balan.