Gaza (Folhapress/EFE) Cerca de cem policiais palestinos, atirando para o alto, tomaram ontem a passagem fronteiriça entre a Faixa de Gaza e o Egito, na cidade de Rafah. A ação, em protesto pela morte de um colega, interrompeu as atividades da fronteira. Desde que foi transferido o controle da fronteira dos israelenses para os palestinos, há um mês, a circulação é supervisionada por observadores europeus. Com o incidente, os europeus tiveram que procurarar abrigo numa base israelense.
Os policiais palestinos retiraram-se pacificamente depois de três horas de tumulto, mas o funcionamento normal só foi restabelecido bem mais tarde. A ordem pública na Faixa de Gaza tem sido constantemente ameaçada por tiroteios, seqüestros e invasões.
O colega dos policiais que fecharam a fronteira morreu ontem, quando dois clãs rivais trocavam tiros para resolver uma disputa diante de um posto policial. Um membro de uma das famílias estava preso e seus parentes queriam resgatá-lo. Ontem, um garoto de 14 anos morreu acidentalmente em nova tentativa de resgate do preso.
O caos coloca em xeque a capacidade da Autoridade Palestina (AP) de controlar a região. O governo de Israel, que vem disparando mísseis em resposta a foguetes lançados por extremistas palestinos, não interferiu no novo incidente. Os grupos armados estariam organizando um levante contra Israel.
Além das disputas com os palestinos, Israel precisa se dedicar a questões internas. Na última semana, o presidente israelense, Moshe Katsav, oficializou a dissolução da Câmara, segundo os meios de comunicação locais. Trata-se de um procedimento formal que abre caminho para a convocação de eleições antecipadas para 28 de março. A decisão acontece depois de nenhum deputado respaldado por pelo menos 61 legisladores segundo estipula a legislação israelense , ter se dirigido a Katsav para pedir seu sinal verde para a formação de um governo alternativo.
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