Um soldado da Guarda Nacional Bolivariana e um miliciano chavista foram mortos nesta quinta-feira (6) durante um tiroteio entre um grupo de 500 milicianos e os moradores em Los Ruices, perto da capital Caracas, em um protesto contra o presidente Nicolás Maduro.
O confronto ocorreu durante a manifestação, a qual os moradores colocaram barricadas em uma avenida. As barreiras foram desfeitas pelo grupo de milicianos, que também tentaram disparar contra prédios da região.
Em resposta, os moradores começaram a jogar garrafas, irritando os integrantes dos coletivos que invadiram alguns dos edifícios. Na ação, os chavistas jogaram coquetéis molotov contra os prédios, que atingiram um carro estacionado.
Os moradores chegaram a chamar os bombeiros, mas estes foram agredidos pelos milicianos. Toda a ação durou duas horas e foi encerrada apenas quando a Guarda Nacional Bolivariana chegou ao local, após o início da troca de tiros.
Os guardas dispersaram os dois grupos com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Segundo o prefeito da cidade de Sucre, Carlos Ocariz, os mortos foram o segundo sargento Acner Isaac López León e o motociclista José Gregorio Amaris Castillo, 25 anos, ambos baleados.
Outras quatro pessoas foram presas, incluindo três moradores de um dos prédios atacados. Segundo o jornal El Nacional, os milicianos chavistas disseram que estavam atuando em nome do ex-presidente Hugo Chávez, morto em março do ano passado.
O confronto acontece horas depois de o presidente Nicolás Maduro pedir a seus aliados e às milícias chavistas que retirassem as barricadas da oposição. As mortes desta quinta (6) elevam a 20 o número de mortos nos atos contra o governo, que começaram no início de fevereiro.
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