O que seria uma viagem a passeio por Paris transformou-se em pesadelo para a tradutora carioca Carla Werneck. Impedida de entrar na França, no final de semana, Carla foi levada, junto com outros brasileiros, para um centro de detenção naquele país. Depois de passar a noite numa sala com grades, ela foi levada de volta, em viatura da polícia, para o aeroporto, onde embarcou para o Brasil.
Segundo ela, o governo francês impediu sua entrada porque ela não apresentou uma "carta de acolhimento". O documento deve ser apresentado às prefeituras locais por pessoas que vão receber visita de estrangeiros sem reservas em hotéis. Em entrevista a rádio BandNews, Carla contou as horas de terror que viveu naquele país.
"No aeroporto, fiquei cinco horas numa sala fechada com outras pessoas na mesma condição que eu, ou seja, que não apresentaram o documento. Deram água e uma comida estranha. Depois, fomos transferidos para o centro de detenção para imigrantes nao aceitos pelo governo da França", disse ela.
Segundo Carla, o amigo que a receberia em casa estava no aeroporto e poderia esclarecer às autoridades locais que estaria responsável por ela. Mesmo assim, disse a tradutora, os agentes não atenderam ao pedido para que seu amigo pudesse se apresentar.
O pior momento, segundo a tradutora, foi quando o grupo em que estava foi transferido, depois de cinco horas barrados.
"Fui transferida de viatura da polícia. Quando vi o prédio para onde estavam nos levando, vi que era uma prisão. Recebemos toalha e roupa de cama limpas, só faltou o macacão laranja. É um prédio alto com grades, e você não pode sair para nada", contou ela.
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