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Trabalhadores se reúnem na Foley Square, em Nova York, depois de terem sido retirados dos prédios | Stan Honda/AFP
Trabalhadores se reúnem na Foley Square, em Nova York, depois de terem sido retirados dos prédios| Foto: Stan Honda/AFP

Terror

Sismo reaviva medo do 11 de Setembro

São Paulo - O tremor de terra que atingiu estados da Costa Leste dos EUA na tarde de ontem reavivou o fantasma do 11 de Setembro a poucos dias de a tragédia completar dez anos.

Em Washington, Flávia Carbonari, 30 anos, consultora do Banco Mundial, viveu momentos de pânico. As paredes do local onde trabalha, no sexto andar de um prédio antigo na região da Casa Branca, chacoalharam forte. "O escritório é cheio de estantes. Os livros balançaram. Foi horrível", relatou a brasileira.

A primeira orientação que recebeu de colegas de trabalho foi se esconder sob o batente das portas e, em seguida, deixar logo o prédio. A lembrança dos atentados de 2001 foi imediata.

"Quem estava aqui na época disse que a situação lembrou o 11 de Setembro", disse Carbonari, que vive nos EUA há seis anos.

"Por ser perto da Casa Branca, todo mundo achou que pudesse ser uma bomba. Saímos correndo", disse a brasileira que, ao chegar ao térreo, viu as calçadas cheias de pessoas. "Nunca vi Washington assim. Os prédios tinham sido evacuados. Muita gente foi liberada devido ao risco de réplicas [do tremor]", contou.

Raphael Arildo, 31, gerente do Banco do Brasil, esperava para embarcar para Orlando no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, quando também viveu seus 15 segundos de desespero.

Segundo Arildo, o terminal onde estava, por ser suspenso, sacudiu muito e ninguém sabia o que estava ocorrendo. (Folhapress)

Washington - A cidade de Washington foi surpreendida na tarde de ontem por um raro terremoto com epicentro na vizinha Virgínia, sentido também em outros pontos da Costa Leste norte-americana – como Nova York e Atlanta – e até no Ca­­nadá.

O tremor foi o maior registrado na região. Ocorreu às 13h51 (14h­­51 em Brasília), durou cerca de 30 se­­gundos e chegou à magnitude 5,8 na escala Richter, que vai até 9, informou o Serviço Geológico dos EUA. Antes, o maior abalo fo­­ra de 4,8, em 1875. Está mantido um alerta para tremores subsequentes menores nos próximos dias.

Não há registro de mortes nem de feridos graves. As prefeituras procuravam danos estruturais em construções, mas os estragos eram menores até a noite de ontem.

O Monumento a Washington – o obelisco que é cartão-postal da cidade – e outros marcos da capital, como os museus da Smith­­sonian, foram fechados para inspeção.

Dois pináculos da Catedral de Washington também se partiram e caíram na rua.

Terremotos não são comuns na Costa Leste, onde não há falha geológica grande, como na Costa Oeste.

Sem entender imediatamente o que acontecia, moradores e tu­­ristas saíram às ruas para se proteger. Serviços de trem e metrô em Washington foram interrompidos, assim como o tráfego aéreo em Nova York.

Edifícios foram esvaziados, usinas nucleares desligadas e pon­­tes interditadas. O serviço telefônico foi cortado por mais de uma hora.

Duas usinas nucleares próximas ao epicentro, na cidadezinha de Mineral (na Virginia, a 135 km de Washington), foram fechadas por precaução.

Pentágono

Na região de Washington, o Pen­­tágono foi esvaziado aos gritos. Segundo tevês locais, os funcionários ficaram com medo de que se tratasse de um atentado ter­­rorista às vésperas do décimo aniversário do 11 de Setembro.

Supermercados, museus, lojas e escritórios também foram esvaziados, enquanto objetos e produtos caíam no chão. Janelas de vidro chacoalharam violentamente.

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