• Carregando...
Manifestantes entraram em confronto com a polícia | REUTERS/Ivan Alvarado
Manifestantes entraram em confronto com a polícia| Foto: REUTERS/Ivan Alvarado

Cinquenta pessoas foram detidas e três policiais ficaram feridos - um deles com gravidade - em novo protesto de estudantes secundaristas na capital chilena. A federação de alunos da Universidade do Chile acusa as forças de segurança de terem invadido a sede do órgão e espancado quem ali estava, segundo a imprensa local.

A polícia reprimiu a tentativa dos estudantes de realizarem uma marcha pela principal avenida de Santiago do Chile. Eles pressionam por demandas que não foram atendidas após 7 meses de protestos ocorridos no ano passado, quando as manifestações chegaram a reunir cerca de 120 mil pessoas.

As forças entraram em ação quando centenas de jovens ultrapassaram a barreira policial e tentaram caminhar cerca de 12 quadras pela Alameda - a avenida principal - em direção ao Ministério da Educação. Os adolescentes foram dispersados com canhões de água e gás lacrimogênio.

"O governo nos dá um sinal claro de que está intransigente, mas somos bastante fortes, sabemos que somos poderosos. O governo nos teme, golpeou-nos e nos reprimiu", disse Maximiliano Salas, líder estudantil.

Salas afirma que entre 5.000 a 7.000 estudantes participaram do protesto. A polícia fala em 2.500, segundo o jornal La Tercera. Um dos cartazes dizia "as ovelhas que leem ficam negras, rebeldes pensantes... as ovelhas que não leem ficam verdes, submissas ao poder".

A mobilização foi convocada pela Assembleia Coordenadora dos Estudantes Secundários. Eles requerem educação de qualidade e gratuita e protestam contra o cancelamento das matrículas de cerca de 100 estudantes que participaram das manifestações no ano passado.

O protesto não foi autorizado pelo governo metropolitano de Santiago por que os estudantes não fizeram a solicitação com 48 horas de antecipação.

Os jovens que não conseguiram caminhar pela avenida ocuparam ruas próximas para tentar chegar ao ministério. Em uma via, os jovens levantaram barricadas, colocando fogo em algumas delas.

Invasão de federação universitária

Novos protestos estavam marcados para agora, junto ao Ministério da Educação, com adesão dos estudantes universitários. A polícia disse que não foi comunicada.

Ao jornal La Tercera, o presidente da Federação dos Estudantes da Universidade do Chile afirma que a polícia invadiu a sede do órgão e agrediu os estudantes.

"Quando acabam as ideias, o governo vem com repressão. Entraram policiais sem autorização, batendo com cacetetes. Deram-me pancadas, mas o importante é que também atingiram os outros", disse, referindo-se às manifestações dos secundaristas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]