Vídeo:| Foto: RPC TV

Londres – Em uma medida considerada sem precedentes, o Tribunal Superior de Londres aceitou ontem o pedido de Mohamed al-Fayed, dono das lojas de departamento Harrods para que haja um júri na investigação judicial sobre a morte da princesa Diana e de seu filho Dodi al-Fayed.

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Em 19 de fevereiro, os advogados de Fayed pediram ao tribunal uma revisão judicial da decisão que exclui o júri no processo judicial sobre a morte de Diana e Dodi. Fayed fez a solicitação depois que Butler-Sloss decidiu instruir o caso sozinha e sem júri.

O Tribunal decidiu ainda que o juiz de instrução de Westminster, Paul Knapman, passará a comandar as investigações sobre o caso no lugar da juíza aposentada Elizabeth Butler-Sloss. Knapman nomeará a baronesa Butler-Sloss, 73 anos, como sua assistente no processo de instrução, segundo afirmaram nesta sexta-feira fontes de Westminster (centro de Londres).

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O milionário egípcio está convencido de que Diana e seu filho foram assassinados e negou-se a aceitar a investigação policial, que concluiu que o casal morreu em um "acidente trágico".

Fayed disse à imprensa que a decisão é um passo muito importante para esclarecer o que aconteceu em Paris.

"Este não é o final do caminho, mas um passo importante. Agora, deve-se permitir ao júri ouvir todas as evidências, mas temo que pode haver tentativas de escondê-las. Se isso acontecer, haverá outra batalha pela qual terei que lutar", acrescentou.

O milionário acrescentou que teve que lutar durante quase dez anos para descobrir como o casal morreu e "quem ordenou suas mortes e os massacrou com tal brutalidade". "Este é meu dever como pai. Não vou falhar com Diana e com Dodi, apesar das barreiras colocadas contra mim, que foram muitas", acrescentou o egípcio.

Diana, Dodi e o motorista do veículo onde estavam, Henri Paul, morreram em 31 de agosto de 1997 quando o carro bateu contra uma coluna na ponte de Alma, em Paris.

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Segundo Fayed, o casal foi vítima de uma conspiração dos poderes do Estado britânico para impedir que se casassem. Os advogados de Fayed argumentaram que a decisão da juíza era "defeituosa" e "incorreta do ponto de vista legal".

O Tribunal Superior anunciou seu ditame dias antes do começo, na próxima segunda-feira, da segunda audiência preliminar sobre a investigação judicial sobre a morte de Diana e Dodi al-Fayed.

A primeira audiência preliminar aconteceu em 8 de janeiro, depois da conclusão da investigação policial sobre o caso, que estabeleceu que a morte do casal foi um acidente e que não houve uma conspiração para assassinar nenhum dos ocupantes do carro.

A investigação judicial começou em 2004, mas o juiz de instrução Michael Burgess – que foi substituído por Butler-Sloss – decidiu adiá-la até que as forças da ordem concluíssem sua ivestigação.

Os filhos de Diana, os príncipes William e Harry, pediram em janeiro passado que este processo judicial chegue "rapidamente" a uma conclusão.

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