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Forças leais ao líder da Líbia, Muamar Kadafi, lançaram hoje uma nova ofensiva contra a cidade de Misurata, dominada por rebeldes antes do funeral do filho de Kadafi, morto por um ataque aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Durante a madrugada, os confrontos na terceira maior cidade do país do norte africano deixaram pelo menos seis mortos e dezenas de feridos, disseram médicos em Misurata. O ataque aéreo da Otan que matou um filho de Kadafi enfureceu manifestantes, que se voltaram contra residências diplomáticas ocidentais em Trípoli.

"Os tanques de Kadafi tentam entrar na cidade por Al-Ghiran", um subúrbio a sudoeste de Misurata, perto do aeroporto, disse um rebelde. Pelo menos quatro ou cinco tanques participam da ofensiva, segundo a liderança rebelde. "Nós contamos seis mortos e várias dezenas de feridos", afirmou uma fonte médica por volta das 9h30 (horário local), após os confrontos durante a noite. A fonte não sabia quantos dos mortos eram civis.

Misurata é a última base importante dos rebeldes no oeste da Líbia. A cidade está cercada por forças de Kadafi e depende da saída pelo mar para receber suprimentos. Na capital, Trípoli, os preparativos estão em andamento para os funerais, após as preces da tarde, do segundo mais jovem filho de Kadafi, Seif al-Arab, e de três netos do líder. Um porta-voz do governo, Mussa Ibrahim, disse ontem que a casa do filho de Kadafi havia sido atacada durante a noite. Segundo ele, no ataque morreram Seif al-Arab Muamar Kadafi, de 29 anos, e três netos do líder.

O próprio Kadafi e sua mulher estavam no local, mas não foram feridos. Ibrahim disse que a localização de Kadafi havia sido "vazada". As crianças mortas ontem eram um garoto e uma garota, de dois anos, e um bebê de quatro meses, segundo o porta-voz.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, disse hoje que seu país fechou sua embaixada em Trípoli, após ataques contra as missões diplomáticas da Grã-Bretanha e da Itália. Segundo ele, a embaixada foi fechada temporariamente por razões de segurança e os funcionários foram retirados do local. "Claro que isso não significa que a Turquia interromperá seus esforços" para resolver com um acordo a crise na Líbia, disse Davutoglu.

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