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O presidente dos EUA, Donald Trump, fala a repórteres após participar de uma teleconferência de Ação de Graças com membros do Exército dos Estados Unidos, na Casa Branca em Washington, DC, em 26 de novembro de 2020. Imagem ilustrativa.
O presidente dos EUA, Donald Trump, fala a repórteres após participar de uma teleconferência de Ação de Graças com membros do Exército dos Estados Unidos, na Casa Branca em Washington, DC, em 26 de novembro de 2020. Imagem ilustrativa.| Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu nesta terça-feira (22) 15 indultos e cinco comutações a indivíduos, incluindo um ex-conselheiro de campanha cujas atividades desencadearam uma investigação sobre a Rússia, três ex-congressistas e vários ex-contratados militares acusados de assassinato de civis iraquianos durante a guerra. Entre os que receberam o perdão judicial está George Papadopoulos, ex-assessor de campanha de Trump cujos comentários em um bar a um diplomata australiano ajudaram a desencadear o que se tornaria a investigação de Robert Mueller a respeito da interferência da Rússia nas eleições de 2016 – que concluiu que não houve conluio entre a campanha de Trump e os russos.

Trump também concedeu clemência ao ex-deputado de Nova York Chris Collins, ao ex-deputado da Califórnia Duncan Hunter e ao ex-deputado do Texas Steve Stockman, todos republicanos. Collins se confessou culpado no ano passado de conspiração para cometer fraude em títulos e mentir para policiais, enquanto Hunter se confessou culpado de uma acusação de violações de financiamento de campanha. Stockman foi condenado a 10 anos de prisão em 2018 por uso indevido de fundos de caridade. Collins e Hunter receberam perdão, enquanto a sentença do Stockman foi comutada.

O republicano também concedeu perdão a quatro empreiteiros militares acusados de matar mais de uma dúzia de civis iraquianos em um incidente de 2007 em uma rotatória de Bagdá no auge da guerra do Iraque, um incidente internacional que afetou gravemente as relações EUA-Iraque. Paul Slough, Evan Liberty e Dustin Heard foram condenados em 2014 por homicídio culposo, enquanto um quarto empreiteiro, Nicholas Slatten, foi considerado culpado de assassinato em um julgamento de 2018.

Todos os quatro na época trabalhavam para a Blackwater USA, uma empresa privada que foi contratada para oferecer suporte a militares dos EUA no Iraque e em outros lugares. A empresa na época pertencia ao aliado de Trump, Erik Prince. A irmã de Prince, Betsy DeVos, atualmente atua como secretária de educação de Trump.

O presidente também perdoou dois ex-agentes da Patrulha de Fronteira, Ignacio Ramos e Jose Compean, que foram condenados pelo assassinato de um suposto traficante de drogas e acusados de mentir sobre o tiroteio e tentar encobri-lo. Os homens foram acusados no julgamento de recolher cartuchos usados como parte de um esforço para esconder o incidente.

Outros que receberam indulto são Philip Lyman, um legislador de Utah que foi condenado a 10 dias de prisão depois de protestar contra o fechamento de um desfiladeiro para os passageiros de ATV; Otis Gordon, que desde sua condenação por posse de substâncias controladas tornou-se pastor; e Weldon Angelos, que foi condenado a 55 anos de prisão em 2002 por vender maconha e portar uma arma enquanto o fazia.

Trump também comutou cinco sentenças, incluindo três casos apoiados por Pam Bondi, a ex-procuradora-geral da Flórida que defendeu o presidente durante seu julgamento de impeachment no Senado. Mais perdões são esperados do presidente antes de ele deixar o cargo.

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