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| Foto: Zach Gibson/Bloomberg

As bolsas de valores de Nova York fecharam em forte queda nesta segunda-feira (24). Nas mínimas do dia, o índice Dow Jones, da bolsa de Nova York, e o índice S&P 500, que reúne as principais ações, chegaram a recuar 2% pela manhã, fechando a segunda-feira com a pior baixa para uma véspera de Natal da história.

A queda é atribuída à ameaça de “shutdown”, como é chamada a paralisação do governo americano – numa queda de braço entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os democratas– e às críticas do presidente dos EUA, via Twitter, ao Federal Reserve (Fed), o banco central americano.

Leia também: Sem acordo, paralisação do governo americano se estende

Trump voltou a fazer críticas ao banco central nesta segunda, descrevendo o Federal Reserve como o único problema da economia do país. “O único problema que nossa economia tem é o Fed. Eles não têm um sentimento pelo mercado”, disse, em sua conta no Twitter. O comentário reitera o posicionamento do presidente americano, que tem feito críticas à política monetária do banco central do país.

A avaliação é de que os ataques ao Federal Reserve são uma tentativa do governo Trump de desviar o debate sobre os motivos e responsáveis pelo fechamento parcial de repartições públicas federais, entre elas a receita federal, outras áreas do Tesouro e o departamento que cuida da segurança de fronteiras.

Na Europa, as bolsas também reagiram mal e fecharam os pregões de ontem em baixa. Os negócios na Europa ficaram pressionados em meio à paralisação parcial do governo dos Estados Unidos, que começou no fim de semana e poderá se estender até o começo do próximo ano.

Caminho inverso

Apesar das reiteradas críticas de Trump, o Fed subiu, na semana passada, as taxas de juros, provocando uma reação dos mercados. 

O comportamento do presidente rompe uma tradição de independência entre governo federal e banco central nos Estados Unidos. Nos últimos dias, chegou-se a especular que Trump tiraria o cargo do presidente do Fed, Jerome Powell --versão que foi desmentida pelo governo. 

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