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O diretor do Serviço Secreto dos EUA, Randolph Alles, em foto de outubro de 2018. A Casa Branca anunciou a demissão de Alles nesta segunda-feira (8). Foto: Andrew Caballero-Reynolds / AFP
O diretor do Serviço Secreto dos EUA, Randolph Alles, em foto de outubro de 2018. A Casa Branca anunciou a demissão de Alles nesta segunda-feira (8). Foto: Andrew Caballero-Reynolds / AFP| Foto:

O presidente Donald Trump demitiu o diretor do Serviço Secreto dos EUA, unidade policial encarregada da proteção do presidente e de outras autoridades do governo, afirmou a Casa Branca nesta segunda-feira (8).

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, Randolph Alles será substituído por James M. Murray, membro de carreira do serviço, a partir de maio.

Alles "fez um ótimo trabalho na agência nos últimos dois anos e o presidente está grato por seus mais de 40 anos de serviços ao país", afirmou Sanders em nota.

De acordo com o The New York Times, Trump tem ao menos outras duas demissões previstas para o Deparamento de Segurança Nacional: L. Francis Cissna, chefe do Serviço de Imigração e Cidadania e John Mitnik, conselheiro-geral do Serviço Secreto.

No domingo (7), Trump anunciou a saída da secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, uma das principais defensoras da política migratória do governo. Ela foi substituída interinamente pelo comissário de Alfândega e Proteção Fronteiriça, Kevin McAleenan.

Na semana passada, Trump disse que estava rescindindo a nomeação de Ronald Vitiello para diretor da Agência de Imigração e Alfândega dos EUA, porque o presidente preferia seguir uma "linha mais dura". Tanto Alles quanto Vitiello trabalhavam para Nielsen.

As demissões se somam à longa lista de defecções nos pouco mais de dois anos de governo Trump, que tem sido marcado pela alta rotatividade no alto escalão.

Acesso a Mar-a-Lago

Os protocolos de segurança em torno de Trump estiveram sob escrutínio nos últimos dias depois de uma aparente violação de segurança no resort do presidente na Flórida.

Agentes do Serviço Secreto prenderam uma mulher chinesa depois que ela teve acesso à área de recepção do clube Mar-a-Lago no mês passado, dizendo que ela estava carregando dois passaportes e um pen drive contendo software malicioso, segundo documentos judiciais. Os promotores dizem que a mulher, Yujing Zhang, primeiro se aproximou de um posto de segurança Mar-a-Lago em 30 de março e disse a autoridades de segurança que ela estava lá para ir à piscina.

A administração da propriedade de Trump, onde os indivíduos pagam uma taxa para se tornarem membros e assim ter proximidade com o presidente, permitiu que a mulher contornasse a segurança, disseram os promotores. Zhang foi finalmente detida depois que uma recepcionista a questionou.

Trump disse que o incidente foi uma "casualidade" e afirmou que a segurança em seu resort Mar-a-Lago era suficiente.

"Eu não poderia estar mais feliz com o Serviço Secreto", disse Trump a repórteres na Casa Branca na quarta-feira. "O Serviço Secreto tem feito um trabalho fantástico desde o primeiro dia. Muito feliz com eles."

O Serviço Secreto divulgou um comunicado depois que a mulher foi pega, que parece acusar a administração do clube de Trump pela falha de segurança.

"O Serviço Secreto não determina quem é convidado ou bem-vindo em Mar-a-Lago; isso é responsabilidade da entidade anfitriã ", disse a agência.

Trump escolheu Alles, um general aposentado do Corpo de Fuzileiros Navais e ex-vice-comissário adjunto da Alfândega e Proteção de Fronteiras, em 2017. Ele foi o primeiro diretor do Serviço Secreto em pelo menos 100 anos que não veio das fileiras da agência.

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