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O presidente norte-americano, Donald Trump, exigiu uma plena e rápida implementação das novas sanções | SAUL LOEB/AFP
O presidente norte-americano, Donald Trump, exigiu uma plena e rápida implementação das novas sanções| Foto: SAUL LOEB/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discutiu a situação diplomática da Coreia do Norte com o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, nesta segunda-feira (7). Lindsay Walters, uma das porta-vozes da Casa Branca, disse nesta segunda-feira que Trump teve uma ligação de uma hora com Tillerson e com o chefe de gabinete, John Kelly. De acordo com a porta-voz, os três discutiram a cúpula de nações asiáticas nas Filipinas, onde o assunto Coreia do Norte foi colocado em pauta.

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Por unanimidade, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou a implementação de novas sanções contra Pyongyang devido aos programas de mísseis nucleares e balísticos do regime de Kim Jong Un. Com Trump exigindo a plena e rápida implementação das novas sanções, Tillerson estabeleceu um caminho estreito para que a Coreia do Norte retorne às negociações. 

Pyongyang reagiu com nervosismo à implementação de novas penalidades, prometendo reforçar seu arsenal e utilizar armas nucleares contra os EUA, como forma de vingança.

Sanções 

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou no sábado (5) uma nova rodada de sanções contra a Coreia do Norte, que incluem um embargo a exportações superior a US$ 1 bilhão, um terço do que o isolado regime vende para o mundo. A resolução também impede que países concedam permissões adicionais para trabalhadores norte-coreanos, outra fonte de recursos para o regime de Kim Jong Un. Ela também proíbe joint ventures entre empresas do país e estrangeiros, bem como o investimento nas que já existem. 

As medidas aprovadas pelo Conselho de Segurança poderão reduzir em até um terço a receita de exportação anual do país, que é de US$ 3 bilhões, e afetar o comércio com a China, seu principal parceiro.

Reação

A Coreia do Norte ameaçou se vingar "mil vezes" dos Estados Unidos após as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) no sábado em resposta aos recentes testes com mísseis intercontinentais realizados por Pyongyang. 

Em um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial norte-coreana, KCNA, o regime disse que as sanções são uma "violação violenta da nossa soberania" e parte de um "complô hediondo para isolar e sufocar" o país. 

"Não colocaremos nosso programa de dissuasão nuclear na mesa de negociações" enquanto durarem as ameaças dos Estados Unidos, diz o comunicado. "Nunca daremos uma passo atrás no fortalecimentos de nosso poder nuclear".  

Em acréscimo, Pyongyang ameaçou fazer os Estados Unidos "pagarem mil vezes o preço de seu crime". 

A declaração foi divulgada no momento em que o chefe da diplomacia norte-coreana, Ri Yong-Ho, encontra-se em Manila, onde acontece um fórum sobre a segurança regional com representes de Estados Unidos, China, Rússia e outros países da Ásia-Pacífico. 

Sem diálogo

Em declarações à imprensa durante o fórum em Manila, na Filipinas, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, descartou qualquer possibilidade de diálogo com Pyongyang, ao menos de modo imediato, e afirmou que as novas sanções demonstram que o mundo perdeu a paciência com as ambições nucleares do regime de Kim Jong-Un. 

O chefe da diplomacia americana ressaltou que Washington aceitaria negociar com Pyongyang apenas no caso de uma suspensão de seu programa balístico. 

"O melhor sinal que a Coreia do Norte pode enviar para dizer que está disposta a dialogar seria parar de lançar mísseis", disse. 

Tillerson deu a entender, porém, que existe a perspectiva de que enviados americanos possam um dia se reunir com representantes do regime norte-coreano para evitar uma escalada. Não informou quando um encontro desse tipo poderia acontecer.  

"Não vou dizer a ninguém um número específico de dias, ou semanas. É uma questão de estado de ânimo na negociação", desconversou. 

 Tillerson deu essas declarações um dia depois de um encontro incomum entre os chefes da diplomacia das duas Coreias.

As informações são da Associated Press.

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