O ex-presidente dos EUA Donald Trump| Foto: EFE/Allison Dinner
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O gabinete da procuradora-geral de Nova York, Letitia James, iniciou no último dia 6 os primeiros passos de um processo que visa confiscar um campo de golfe e outras propriedades pertencentes ao ex-presidente dos EUA Donald Trump (2017-2021) que estão localizadas em condados do estado americano.

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O confisco serviria para, segundo informações da mídia americana, abater parte da sentença imposta contra Trump pelo juiz Arthur Engoron, que o considerou culpado no caso de fraude em Nova York em um processo que envolvia sua empresa, a Trump Organization.

Para poder recorrer da decisão de Engoron, Trump precisa pagar uma fiança de US$ 454 milhões, que é o mesmo valor da sentença imposta pelo juiz contra ele. O prazo para o depósito desta fiança se encerra nesta segunda-feira (25).

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A equipe de defesa do ex-presidente americano disse que ele não tem como pagar tal valor neste momento, por este motivo, Trump decidiu pedir a um tribunal de apelações para que possa recorrer da sentença de Engoron sem precisar pagar a fiança.

A procuradora James, que é do Partido Democrata e a responsável pela acusação contra Trump, argumenta que, diante da recusa do ex-presidente em pagar a fiança temporária para recorrer no processo, a apreensão de bens “se faz necessária” para abater a sentença. O gabinete de James já pediu nesta quarta-feira (20) ao tribunal de apelações para que não aceite o pedido da defesa de Trump.

O advogado de Trump, Chris Kise, rebateu a postura de James, classificando a ação de confisco como um “abuso descarado de poder”. A defesa do republicano acusa a procuradora democrata de distorcer “fatos e leis para perseguir politicamente” o ex-presidente.

Dias atrás, James reafirmou que Trump deveria pagar a fiança integralmente para poder recorrer do processo em Nova York. Em resposta a posição dela, o ex-presidente republicano disse por meio de uma mensagem nas redes sociais que se ele vendesse seus ativos para pagar a fiança do processo e depois ganhasse o recurso, “nunca mais iria conseguir colocar as mãos nos bens” dos quais ele se desfez.

“Quando eu ganhar o recurso, todo esse dinheiro terá sido perdido, e eu não teria feito nada de errado. O juiz corrupto [se referindo a Engoron], que já foi derrubado quatro vezes neste caso (um recorde!), entende completamente isso. Ele nos deu uma demanda que ele sabe ser impossível de cumprir”, concluiu o republicano.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]